A GMV presta apoio às actividades do CNES no controlo do lixo espacial

Desde princípios de 2012 que a GMV vem colaborando com a agência espacial francesa (CNES) nas actividades relacionadas com a vigilância e seguimento de objectos no espaço. Esta colaboração ocorre no âmbito de um contrato-marco de engenharia espacial que a GMV tem com o CNES desde 2011.

Durante os últimos anos amentou significativamente o interesse geral pelo lixo espacial devido ao crescente perigo que a sua proliferação representa para as actuais missões e ao risco a que sujeita a sustentabilidade das futuras actividades espaciais.

Contando com a sua própria capacidade de detecção e observação do lixo espacial por meio de uma rede de telescópios e de um radar de vigilância, o CNES anda há várias décadas a trabalhar neste problema, motivo pelo qual a França desenvolveu um quadro legislativo para as actividades espaciais.

Deste modo, dando cumprimento ao quadro legislativo francês, o CNES incrementou as suas actividades neste sector confiando no apoio da GMV, baseado em vasta experiência adquirida ao longo de numerosos projectos para a Agência Espacial Europeia (ESA) durante mais de uma década.

Entre as actividades que a GMV realiza para o CNES, cumpre destacar o desenvolvimento de uma ferramenta destinada a calcular a época de reentrada do lixo espacial na atmosfera a partir de dados orbitais públicos pouco exactos, fornecidos pelos Estados Unidos. Numa primeira fase, desenvolveu-se um protótipo desta ferramenta para se proceder mais adiante à sua industrialização e utilização operacional por parde to CNES.

 

Além disso, a GMV está a liderar actualmente a definição de um banco de simulação de SSA (Space Situational Awareness) que sirva para analisar as necessidades de um futuro sistema operacional. As fases deste sistema envolvem a modelização da evolução populacional de objectos no espaço, a simulação de sensores (radares e telescópios) para a detecção e seguimento de lixo espacial, o processamento das medidas destes sensores para a construção e manutenção de um catálogo de objectos, o planeamento desses sensores e a avaliação de riscos de colisão e reentrada, assim como a detecção de explosões e colisões entre os objectos do catálogo. Esta actividade prosseguirá durante os próximos anos com o desenvolvimento deste banco de simulação em que a GMV deverá desempenhar um importante papel.

A GMV também espera não apenas consolidar mas também alargar estas tarefas com o CNES, conseguindo assim desenvolver as capacidades e contributos de ambos nesta área tão relevante para o futuro das actividades espaciais.


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