A GMV participa activamente no programa Galileu

A GMV, um dos principais agentes na implantação da estratégia europeia de navegação por satélite, continua a ter uma destacada participação na próxima fase do programa Galileu. Esta quinta-feira, 20 de Outubro, será previsivelmente um dia histórico para Galileu, uma vez que está previsto o lançamento dos dois primeiros satélites completamente operacionais, começando assim a formar-se a constelação europeia de navegação por satélite. No próximo ano será lançado um novo par de satélites com os quais se dará por concluída a fase de concepção e validação do sistema Galileu, seguindo-se nos próximos anos os restantes satélites que deverão completar a constelação final.

A GMV está a encarregar-se de desenvolver os elementos responsáveis pelas prestações finais do sistema. O programa Galileu dividiu-se em duas fases, a primeira denominada IOV (In-Orbit Validation) e a segunda, que começou no ano passado, designada por FOC (Full Operational Capability) e que tem como objectivo completar as infra-estruturas terrestre e espacial, desenvolvidas durante a primeira fase.

O Galileu FOC arranca com uma fase intermédia de aproximadamente 4 anos, que constará de 18 satélites (devendo haver entre 24 e 30 na fase final), 24 estações de referência (devendo haver entre 30 e 40 na fase final) e 2 centros de controlo, prestando inicialmente três serviços: serviço aberto, serviço público regulado e serviço de busca e salvamento. Os outros 2 serviços planeados para um futuro próximo são um serviço comercial e um serviço com informações de integridade.

A GMV participa no segmento terrestre da missão e no segmento terrestre de controlo com o desenvolvimento de um total de 4 projectos: OSPF_FOC, MNE_FOC, SPF_FOC y FDF_FOC todos eles elementos-chave no sistema e no prosseguimento da fase IOV. A GMV realizará também numerosas tarefas de consultoria, tanto para a Comissão Europeia como para a Agência Espacial Europeia ou para outras empresas fortemente envolvidas no desenvolvimento final do sistema.

O elemento OSPF (Orbit & Synchronisation Processing Facility), faz parte do segmento terrestre da missão e é o autêntico cérebro do sistema Galileu, encarregando-se de calcular com precisão a posição dos satélites e de fazer a sincronização de todos os relógios do sistema, ou seja, gerar as mensagens de navegação transmitidas pelos satélites Galileu. No projecto OSPF-FOC serão implementadas algumas evoluções do elemento OSPF, sendo fabricadas algumas unidades recorrentes e dando-se manutenção às unidades de IOV e FOC até Março de 2015.

Por outro lado, o MNE (MDDN Network Equipment), também do segmento terrestre das missões, é o componente software do elemento MDDN (Mission Data Dissemination Network), encarregado de prestar os serviços de comunicações entre os centros de controlo, as estações de referência e as estações de transmissão.

O elemento SPF (Service Product Facility) proporciona a interface externa entre o segmento terrestre da missão e os utilizadores externos, possibilitando o intercâmbio de informações entre Galileu, utilizadores, fornecedores de serviços e outros sistemas externos, tais como o GPS.

Por último, no segmento de controlo terrestre, a GMV é responsável pelo FDF (Flight Dynamics Facility), encarregado do cálculo operacional da posição e atitude dos satélites, assim como da geração de manobras destinadas a garantir a correcta colocação e orientação dos satélites a todo o momento. O contrato para desenvolvimento do FDF-FOC cobre o desenvolvimento e manutenção do sistema FDF. Este sistema será instalado nos centros de controlo Oberpfaffenhofen (Alemanha) e Fucino (Itália), permitindo a sincronização das operações entre ambos os sítios e sendo capaz de operar 18 satélites da constelação de duas plataformas diferentes. A GMV é responsável pelo desenvolvimento, validação e preparação dos cursos de treino para os operadores e da manutenção correctiva e evolutiva.

Miguel Romay, Director da GNSS da GMV, considera este lançamento como um facto histórico para a Europa. “Depois de muitas vicissitudes de carácter político e de gestão, o programa Galileu vê finalmente a luz, demonstrando a capacidade da Europa para desenvolver grandes sistemas e desempenhar um papel importante na sociedade actual”. “Galileu actuará como motor para o desenvolvimento económico da Europa.

 

Estes projectos foram financiados com o apoio da Comissão Europeia. Não se deve de modo algum considerar que as opiniões expressas neste documentos reflectem a opinião oficial da União Europeia e/ou da ESA.


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