MySustainableForest

Este projeto recebeu financiamento do programa de inovação e investigação da União Europeia Horizon 2020 sob convénio de subvenção N.º 776045.

Os bosques, peça chave da economia da UE (42 % da superfície da UE) e fonte de inúmeros benefícios sociais, devem ser geridos de acordo com os princípios de sustentabilidade recolhidos na Estratégia Florestal da UE. No entanto, os gestores carecem de dados precisos ou atualizados para tal. Os inventários florestais tradicionais proporcionam informação detalhada da perspetiva ecológica e dasométrica, mas têm um custo muito alto e normalmente realizam-se a cada dez anos. Esta frequência é muito inferior à necessária para a planificação de atividades comerciais ou recreativas baseada nesses dados. O ritmo de mudança dos bosques exige ferramentas capazes de fazer um seguimento anual da superfície florestal, das características da madeira disponível ou dos diferentes serviços ecossistémicos.

Plataformas précomerciais e o uso dos bosques

A finalidade do projeto MySustainableForest é desenvolver um serviço e uma plataforma précomerciais para as partes implicadas na gestão e o uso dos bosques, compatíveis com interfaces padrão e abertas e que integrem a informação da Observação da Terra nos processos de decisão dos diferentes envolvidos e nas operações diárias. O projeto será realizado partindo do serviço protótipo da GMV, eoForest, e utilizará os conhecimentos e a experiência em modelização florestal obtidos com a ferramenta LiDAR dos parceiros. No projeto participam importantes organizações europeias públicas e privadas deste âmbito: RAIZ (rama I+D de The Navigator Company), o Instituto Croata de Investigação Florestal, a Universidade Mendel de Brno, a Associação Florestal de Navarra e Lituânia, o Syndicat des Sylviculteurs du Sud-Ouest, o Instituto Florestal Europeu e duas PME inovadoras (MADERA+ e Föra).

Irá colocar à prova o seu valor acrescentado em 6 zonas bioclimatéricas diferentes de Portugal, Espanha, França, Croácia, República Checa e Lituânia, aplicando diferentes protocolos de gestão e para diferentes usos florestais. Avaliar-se-á a viabilidade económica do serviço e validar-se-á o modelo de negócio associado. Espera-se também que, como consequência do projeto, os utilizadores finais otimizem as suas operações em 10 %, aumentem os quadros das PME participantes em 20 % e cresça a quota de mercado no setor da GMV em 10 %.