“A GMV partilha e transfere conhecimentos nos diversos países em que opera”

Luis Fernando Álvarez-Gascón during the European Union-Latin America Seminar

Luis Fernando Álvarez-Gascón, Director-Geral da GMV Secure e-Solutions, participou na mesa de debate "Transferência do conhecimento empresarial: Cooperação entre empresas. As multilatinas na Europa e as empresas europeias na América Latina" que teve lugar no evento "Espaço Europeu do Conhecimento e Espaço Ibero-americano do Conhecimento", celebrado na sede das Instituições Europeias em Espanha. Depois de recordar as origens da GMV vinculadas à universidade e depois de partilhar a vasta experiência de colaboração com entidades e empresas de diferentes países e diferentes naturezas, defendeu o papel das multinacionais na geração e transferência internacional de conhecimento. Entre as tertúlias da mesa de debate com quem partilhou pontos de vista, cabe mencionar o Conselheiro Delegado do ICEX, Francisco Javier Garzón, Director Executivo Regional da Repsol para a Europa, África e Brasil e Director Executivo da Fundação Eurochile, entre outras.

Embora a GMV tenha sobretudo crescido inicialmente em projectos com a Agência Espacial Europeia e, numa primeira fase, "aprendido" através da colaboração internacional, actualmente transfere o conhecimento entre geografias, como líder internacional em vários dos sectores em que opera, lembrou Álvarez-Gascón. A sólida aposta na inovação da empresa e a sua experiência na hora de se estabelecer em novos mercados, ocuparam uma boa parte da sua intervenção.

Canais de transferência

O papel dos centros de investigação e as Universidades na geração de conhecimento resulta inquestionável. Conforme precisou o Director-Geral “deve existir da parte dos governos um impulso decisivo em fomentá-los e em promover as políticas que devem contemplar, por sua vez, a colaboração com as empresas em prol do fomento de um tecido empresarial inovador”.

Segundo a sua opinião, no contexto da colaboração Universidade-Empresa nos países da LATAM, a transferência de conhecimento constitui um capítulo em que se deve trabalhar para evitar que as Universidades "ultrapassando o mero âmbito investigador, possam invadir o território empresarial cerceando o desenvolvimento das próprias empresas". Por sua vez, o estabelecimento de um marco de colaboração bem articulado entre ambos os sectores em investigação e transferência de conhecimento, assegurará que o trabalho de I+D+i se concretize em desenvolvimentos prontos para comercialização nos mercados.

Não se pode esquecer que um terço do investimento em I+D+i em muitos países da OCDE provém do sector privado. Por isso, o desejável seria "impulsionar um trabalho conjunto entre empresas e organismos de investigação, dirigido a reptos finalistas".

Luís Fernando Álvarez-Gascón também destacou a importância de estabelecer espaços de trabalho conjunto, afirmando que da parte das empresas "estão a gerar-se eco-sistemas de cooperação entre diversos fornecedores tecnológicos com centros de investigação", embora este esforço devesse talvez ser maior no sector público "impulsionando programas de cooperação internacional e favorecendo a criação de um espaço de I+D+i industrial transnacional, assim como com a aplicação de políticas públicas que fomentem a mobilidade laboral, a investigação e a colaboração entre centros investigadores e empresas".

Por sua vez, o Director-Geral recordou o processo de transformação digital que está a marcar o ritmo da economia dos países do nosso contexto, sublinhando a "obrigação de nos posicionarmos nesta economia digital como proposta sólida e diferenciada na cadeia de valor".

Open Science, Open Innovation, Open to the World

O encerramento do evento coube a Carmen Vela, Secretária de Estado de I+D+i, que valorizou o impulso experimentado por Espanha com a sua integração no Espaço Europeu do Conhecimento. Recordou também como a Espanha transmitiu aos Organismos Europeus a sua firme aposta em se "tornar o HUB entre a Iberoamérica e a Europa".

Neste sentido, referiu os três eixos em que a Espanha (conforme acordado em Bruxelas) vai trabalhar para fomentar a transferência de conhecimento e a investigação: "a criação de um banco de avaliadores de projectos; a activação de um portal iberoamericano de mobilidade e o estabelecimento de um eixo de infra-estruturas científicas partilhadas". Com tudo isso, continua a valorizar-se a ciência e a investigação perante a opinião pública espanhola e iberoamericana, ao mesmo tempo que se considera uma aposta na "ciência aberta" que facilite a publicação e a difusão do conhecimento. Vela concluiu assegurando com firmeza que "o futuro está na abertura da Ciência, da Inovação e da abertura ao mundo".

Documento Open Science, Open Innovation, Open to the World

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