Indústria 4.0 e Transformação Digital -- Novo modelo para Espanha
O Director da GMV Secure e-Solutions, Luis Fernando Álvarez-Gascón, enquanto Presidente da Área de Inovação da AMETIC e Vice-Presidente da Comissão de I+D+i da CEOE, moderou a mesa de trabalho “Indústria 4.0 e Transformação Digital -- Novo modelo para Espanha”, no âmbito da Global Robot Expo. Nessa mesa intervieram Verónica Pascual, Presidente da Comissão da Indústria 4.0 da AMETIC, Máximo Blanco, Secretário de Estratégias Industriais CC.OO. e José Varela, do Gabinete Técnico, Sector de Comunicação, UGT.
Tal como indicou o dirigente na sua apresentação, o conceito de Indústria 4.0, surgido na Alemanha para designar uma indústria que aplica avanços tecnológicos como Big Data, Internet das Coisas, robótica, impressão 3D, inteligência artificial, drones ou realidade aumentada "já é um facto ao qual não se pode ser alheio".
Para que também o seja no nosso país, deve realizar-se um trabalho conjunto, incentivando o diálogo social entre sindicatos, organizações empresariais, indústrias e Governos para que se chegue a um acordo sobre medidas de desenvolvimento da Indústria 4.0 e da nova Economia Digital. Neste contexto, os governos deverão implementar políticas que contribuam para o seu impulso. Neste sentido, Álvarez-Gascón destacou o trabalho que a partir da AMETIC se está a empreender e, mais concretamente, através da Comissão da Indústria 4.0 para que "a Fábrica do Futuro" esteja presente, de forma generalizada, no tecido industrial do nosso país". Concordou-se em que isso era "imprescindível, imparável e urgente" para Espanha.
Para quem vê ameaçados mais postos de trabalho com o surgimento do novo modelo, os participantes no debate concordaram, em contrapartida, que se abrem novas oportunidades de emprego. Trabalhos como o científico de dados ou o programador de robôs colaborativos que convivem com os operários na fábrica, contribuindo para melhorar a produtividade ou realizando tarefas que põem em risco a vida das pessoas, substituirão outros em que estas não acrescentam tanto valor.
Entre as políticas que possam contribuir para levar a cabo a transformação digital da indústria, não se podem esquecer as educativas pela sua capacidade de colmatar a brecha digital de emprego por meio de um Plano Nacional de Inclusão Tecnológica transversal.