O papel da Espanha na Indústria Espacial Europeia
A Espanha tem cada vez mais presença institucional e maior relevância a nível europeu na indústria espacial. Em 2016, o valor da facturação ascendeu aos 833 milhões de euros, num sector que emprega quase 3500 pessoas.
O estado actual do panorama espacial na Espanha foi levado a discussão no pequeno-almoço de trabalho organizado pela Fly News no passado dia 19 de Outubro. A este encontro compareceram Juan Ureña (Coordenador de Projectos Espaciais do CDTI), José Guillamón (Chefe da EO, Navigation and Science Airbus Defence and Space), Jorge Potti (Director-Geral da GMV Espaço e Vice-Presidente da Comissão de Espaço da TEDAE), Pedro Luís Molinero (Gerente de Operações da Hispasat) e Ignacio F. Tourné (Director de Desenvolvimento de Negócio da Elecnor Deimos).
As instalações da FBO Multi-Serviços Aeroportuários no Terminal de Aviação Executiva do Aeroporto Adolfo Suárez Madrid-Barajas, foi o lugar escolhido para debater sobre o presente e o futuro do sector, destacando o papel dos novos actores que compõem o New Space, assim como empresas de âmbito privado e carácter comercial que operam independentement dos Governos e estão a dar acesso ao espaço de maneira mais flexível.
Durante o encontro, Jorge Potti destacou a colaboração administração-empresa para assinalar a posição predominante da Espanha a nível europeu. A Espanha alcançou efectivamente o 5º lugar como contribuinte para os orçamentos da ESA.
Projectos de observação terrestre, como Copernicus, em que a Europa é líder mundial, programas de vigilância do espaço, ou colaborações do operador espanhol Hispasat, foram protagonistas neste encontro em que se destacou o papel da Espanha como país que ostenta a Presidência do Conselho Ministerial da Agência Espacial Europeia (ESA), desde finais de 2016 até 2019, ano em que se realizará a assembleia seguinte, tendo a Espanha como anfitriã.
Espanha no Espaço
O percurso da Espanha no sector espacial começa com a criação do Instituto Nacional de Técnica Aerospacial (INTA). Em 1973 foi criada a Agência Espacial Europeia que começou a funcionar dois anos mais tarde.
A Espanha foi um dos sócios fundadores da ESA e desde então tem seguido até hoje, com passo firme, o seu caminho rumo ao espaço, com envolvimento em todo o espectro de missões espaciais, desde as comunicações até ao acesso ao espaço, passando pela observação da Terra, entre outras actividades.
A Comissão Europeia tem enfatizado a indústria espacial como motor do desenvolvimento europeu. Contando com mais de 80 satélites projectados, testados e lançados, a ESA está dotada de um orçamento de 5750 milhões de euros. Trata-se de uma realidade prometedora para Espanha, que tem trabalhado para a maioria dos seus projectos.