A realidade digital em Espanha

GMV at the 31st Telecommunications and Digital Economy Encounter (Encuentro de la Economía Digital y las Telecomunicaciones)

Este foi mais um ano em que a cidade de Santander foi o ponto de encontro para o setor digital. Sob o lema “A realidade digital de Espanha”, a AMETIC organizou, em conjunto com a Universidade Menéndez Pelayo e o Banco Santander, a trigésima primeira edição do "Encontro da Economia Digital e das Telecomunicações", reunindo prestigiados conferencistas, representantes máximos das principais empresas de diferentes setores produtivos, expoentes da transversalidade da chamada “Quarta Revolução Industrial”.

As jornadas contaram também com uma ampla presença institucional, com a intervenção do Ministro da Energia, Turismo e Agenda Digital Álvaro Nadal, responsável por inaugurar as jornadas, de Carmen Vela, Secretária de Estado da Investigação, Desenvolvimento e Inovação, de Begoña Cristeto, Secretária Geral da Indústria e das PME e de José María Lassalle, Secretário de Estado da Sociedade da Informação e Agenda Digital de Espanha. O encerramento esteve a cargo do Diretor Geral da Red.es, Jose Manuel Leceta.

Este encontro anual constitui um dos mais relevantes acontecimentos do calendário da Indústria das TIC em Espanha. A GMV constituiu um dos principais patrocinadores do encontro, participando nas palestras e mesas redondas, através das quais partilha o seu conhecimento e experiência nos diferentes setores em que desenvolve a sua atividade.

Mateo Valero, Director do Barcelona Supercomputing Center / Pedro Mier, Presidente da AMETIC / Francisco Marín, Director do Centro para o Desenvolvimento Tecnológico e Industrial (CDTI) / Luis Fernando Álvarez-Gascón, Director Geral da GMV Secure e-Solutions / Maria Teresa Gómez, Directora Geral de AMETIC / Lluís Torner, Director do Instituto de Ciências Fotónicas (ICFO)

Ciência e indústria em Espanha: experiências de colaboração
Luis Fernando Álvarez-Gascón, Diretor Geral da GMV Secure e-Solutions, foi um dos participantes na mesa de debate Ciência e Indústria em Espanha: experiências de colaboração, moderada pelo diretor do Centro para o Desenvolvimento Tecnológico e Industrial (CDTI), Francisco Marín. Luis Fernando retrocedeu 33 anos para explicar como a ambição de um professor catedrático e de um grupo de jovens universitários, que consideraram que os projectos de I+D+i que desenvolviam no setor espacial eram merecedores de um importante projeto empresarial, deu lugar ao que é hoje a GMV, uma empresa tecnológica multinacional com mais de 1600 funcionários e projetos mundiais inovadores em setores tão diversos como o espacial, da saúde, do transporte inteligente ou a cibersegurança.

Para Álvarez-Gascón, existe um certo “pessimismo” no ecossistema inovador em Espanha, motivado pela redução dos pressupostos públicos de I+D, embora não seja o único aspeto que trava o nosso sistema de inovação. Existem duas limitações; por um lado, encontra-se "a contribuição do sector empresarial para o financiamento em I+D+i – teríamos que duplicar essa quantia”, acrescentou – e, por outro lado, “a valorização da investigação no nosso país”.

No seu entender, “os tempos de crise também provocam uma reação e resultados” e, apesar do pessimismo, reconheceu que em Espanha “podemos ser perfeitamente competitivos em qualquer sector”. Álvarez-Gascón concluiu a sua intervenção incentivando uma reforma universitária que almeje um impacto sócio-económico e reconheça a carreira do cientista.

e-Saúde: o efeito das TIC no sector da saúde
Carlos Royo, Director de Desenvolvimento do Negócio de Saúde foi responsável por moderar um interessante debate sobre o efeito das TIC neste setor.
A participação da GMV estendeu-se à mesa dedicada ao tema da e-Saúde, na qual Carlos Royo, enquanto Diretor de Desenvolvimento do Negócio da Saúde, foi moderou um interessante debate sobre o efeito das TIC neste setor.

Carlos Royo expôs alguns dados sobre a situação atual do setor e o problema que se avizinha. “"Hoje nasceu o primeiro homem que viverá 140 anos”; foi com esta frase que Carlos Royo abriu a mesa da e-Saúde, expondo que a esperança de vida é cada vez maior e que envelhecemos com melhor qualidade, uma notícia estupenda que implica um aspeto preocupante: ”hoje em dia, 40% da despesa de uma comunidade corresponde à saúde e dessa percentagem cerca de 80% são dedicados a 4 doenças crónicas: hipertensão, diabetes, insuficiência cardíaca e insuficiência respiratória”. Este cenário leva-nos a definir um problema importante de sustentabilidade e, para Royo, “a única solução para garantir a sustentabilidade do sistema de saúde espanhol assenta no emprego das tecnologias da informação e a comunicação, não havendo solução sem as TIC”.

Neste país, temos feito maravilhas com as TIC na saúde, constituindo uma referência internacional, apesar do investimento em TIC na saúde ser somente de 1% do orçamento da saúde, algo que terá que mudar”, propôs o Doutor Royo.

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