Cada vez mais sofisticadas e numerosas, as ciberameaças estão a provocar um alerta nas empresas e nos utilizadores, o que levou a Computing e Redes Telecom a organizar o primeiro Fórum Ransomware com os melhores peritos do setor para instruir as organizações sobre a forma de estarem prevenidas.

Durante o encontro, os conferencistas mostraram a necessidade de haver mais transparência e colaboração entre as empresas em matéria de cibersegurança a fim de poderem mais eficazmente combater ataques como o wannacry (ocorrido em Maio) e conseguir minimizar os seus efeitos.

Como empresa de referência no mundo da cibersegurança, a GMV apresentou o seu ponto de vista através de Javier Osuna García-Malo de Molina (Chefe da Divisão de Consultoria, Segurança e Processos da GMV Secure e-Solutions) que interveio na mesa de debate "Batalha permanente contra o Cibercrime".

Nas palavras de Javier Osuna, "as empresas encontram-se num processo constante de transformação digital que pressupõe uma mudança radical nos processos das organizações, dinamizando a relação com os cidadãos, clientes, fornecedores e colaboradores. Entre outras coisas, a adoção de novas tecnologias procura melhorar a eficiência, incrementar a base de clientes, reduzir o time to market e exprimir os benefícios que trazem a deslocalização, a internacionalização, etc. Em contraposição a todos estes benefícios, esta transformação acarreta riscos originados pela espionagem internacional e industrial, pelo ciberterrorismo, pelo crime organizado, por delinquentes comuns, desempregados, empregados (ou subcontratados) descontentes, etc., sabendo cada um como aproveitar resquícios para obter informações, roubar ou simplesmente fazer estragos..."

Se falamos de ransomware, podemos ilustrar com o incidente causado pelo wannacry, apesar da sua repercussão. Atualmente, o ransomware é um negócio rentável embora não deixe de ser o low-cost do malware e de pressagiar que "o pior está para chegar, devendo as organizações prepararem-se para isso" conforme declarou Javier Osuna. E acrescentou que "o maior problema de uma organização, que já perdura há vinte e tal anos, é o desconhecimento dos seus ativos, para que servem e quem pode utilizá-los. Os fatores de maior relevância na atualidade, estão no ponto em que se pode aceder à informação e aos sistemas, assim como na importância destes nos processos. Por outro lado, uma das piores coisas que pode ocorrer numa organização consiste em não saber se os seus sistemas e infra-estruturas críticas foram ou estão a ser comprometidas, desconhecer o momento em que os sistemas podem falhar ou se podem ser utilizados para fins não desejados".

Do ponto de vista da GMV não pode haver uma única estratégia de segurança para todas as organizações, pois as preocupações e as soluções variam muito consoante a sua dimensão, o seu grau de maturidade, os seus pressupostos e o setor em que trabalham. Enquanto olhamos para a nossa bola de cristal e vemos o que se avizinha, é fundamental estarmos preparados e termos feito o trabalho de casa.

Evidentemente, todos os que não tiverem feito o seu trabalho de casa, deverão dedicar os seus esforços e recursos prioritariamente ao que é urgente e depois ao importante. Uma situação de emergência não é o momento para basear a estratégia na improvisação, para consciencializar os utilizadores, inventariar ativos, identificar responsáveis, determinar para que se usam ou se fazem novos amigos. Para quem tiver feito o trabalho prévio, as preocupações e a estratégia devem centrar-se nos pontos mais candentes: proteção na nuvem, implementação da segurança nos processos da organização desde a sua definição, segurança em integração contínua, estratégias e soluções de mobilidade, aplicação de segurança, de Big Data e de Inteligência Artificial, otimização dos recursos existentes para adequação às regulamentações, etc.

A GMV é especialista na oferta de soluções e serviços de alto valor acrescentado para os clientes, encarando os novos problemas como um repto e uma oportunidade para inovar.