De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), aumentou exponencialmente nos últimos anos o número de migrantes e refugiados que chegaram à Europa por mar. Morreram milhares de pessoas ao tentar encontrar melhores condições de vida.

Neste contexto, a Agência Espacial Europeia (ESA) adjudicou à GMV um estudo cuja finalidade consiste no desenvolvimento de serviços baseados em técnicas espaciais e na utilização de macrodados que ajudem a identificar os fluxos migratórios humanos, estudando a sua viabilidade técnica e propondo um plano para a sua aplicação e aproveitamento sustentável. Com o apoio das principais partes implicadas neste âmbito e com a colaboração da GMV Portugal, a GMV UK lidera este estudo de viabilidade que examinará os requisitos de entidades como a Organização Internacional para as Migrações (OIM), Frontex, SatCen e EASO, além de outros agentes como ONGs (Conselho Português para os Refugiados, AMI, Ajuda em Acção) e corpos nacionais de segurança. 

Este projecto integra múltiplos activos espaciais (imagens por satélite, dados de GPS para geolocalização, comunicações por satélite, etc.), fontes de macrodados (Big Data) terrestres ou derivados de activos espaciais (registos de dados de chamadas, dados de redes sociais, dados de observação da Terra, etc.), centrando-se em três fases identificadas da gestão de emergências (mitigação, preparação e resposta). 

Este estudo determinará o valor acrescentado das soluções baseadas em macrodados no sector da migração, ou seja, a redução dos riscos de segurança para migrantes, a melhoria dos controlos fronteiriços e a prevenção e resposta aos problemas de segurança relacionados com movimentos migratórios imprevistos. Também ajudará a conhecer melhor as pessoas que se deslocam e, desse modo, a compreender melhor o fenómeno migratório proporcionando ao mesmo tempo mais eficiência na integração e assistência aos migrantes. 

Uma vez mais, as tecnologias baseadas em macrodados têm um papel fundamental a desempenhar na obtenção de informação sobre migrações e movimentos humanos, aproveitando diversos activos espaciais (imagens de observação da Terra, comunicações por satélite ou sistemas globais de navegação por satélite (GNSS) e integrando-os noutros activos terrestres (dados de telefones móveis, de redes sociais, etc.).