Em princípios de Junho, a equipa da GMV mudou-se para Teide (Tenerife) a fim de realizar o "FIELD TEST SITE TRADE-OFF" do protótipo de um robô para explorar a Lua. Trata-se de um projeto que envolve a última fase de provas de LUCID (Lunar Scenario Concept Validation and Demonstration), sendo financiado pela ESA e liderado pela GMV e no qual se desenvolveu uma suite de software baseada em ROS para cobrir todas as necessidades da campanha de testes de campo que configuram o FTRS (Field Test Rover System).

O primeiro cenário dos testes foram as próprias instalações da GMV, mudando depois para a Dehesa de Navalvillar (Colmenar Viejo) onde se verificou a eficácia de todos os componentes do rover de exploração planetária, incluindo câmaras ópticas, sistemas de estereovisão, sistemas laser para reconstrução de modelos 3D do terreno e sistemas de navegação noturna, entre outros. A viagem prosseguiu no Parque Nacional del Teide (Tenerife), convertendo Minas de San José num terreno "Lunar Analog" durante algumas semanas.

O objetivo do projeto consiste em investigar os pólos lunares (existência de água ou metano congelado). Por este motivo, Teide constitui a localização ideal uma vez que as suas condições orográficas são similares às paisagens que esse robô encontraria em certas regiões da Lua.

Ao pôr do sol realizam-se testes definitivos dos sensores, assim como validações técnicas de navegação para dar informações mais adequadas ao operador que comanda o rover. Também se testam e validam as capacidades de locomoção, iluminação e captura de imagens do rover, algo fundamental nas missões de exploração da Lua.

Este trabalho abrange a especificação do ensaio de campo, do desenvolvimento realizado para o FTRS, juntamente com os primeiros resultados obtidos nas campanhas de testes preparatórios realizados pela GMV. Setembro será o mês em que se realizarão os últimos testes incluídos neste projeto.

Estas conclusões trarão avanços à ESA, na sua carreira espacial. Além disso, já estão fundadas as bases para os próximos projetos que preencherão as tarefas dos investigadores e científicos nos próximos anos.