Novos membros juntam-se à família Galileo

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No dia 12 de Dezembro foram lançados com êxito quatro novos satélites do programa Galileo a partir do porto espacial de Kourou (Guiana Francesa). Nos próximos dias os satélites alcançarão a sua órbita correspondente e a agência europeia de GNSS (GSA) realizará testes durante meio ano para verificar a sua operacionalidade.

Foto: ESA-S Corvaja

Na economia europeia há uma considerável percentagem que requer serviços de geolocalização. Em resposta a esta procura que vem do início dos anos 2000, a União Europeia começou com a conceção e desenvolvimento de um sistema próprio de navegação por satélite que alguns anos mais tarde se concretizou no programa Galileo. Trata-se da primeira iniciativa conjunta da Agência Espacial Europeia e da Comissão Europeia, gerida a partir da GSA (Agência GNSS Europeia) em Praga (República Checa) e financiada pela própria União Europeia.

Informações sobre o tráfego, serviços de emergência, meteorologia, aplicações nos setores da agricultura e pescas, são algumas das múltiplas utilizações que pode prestar Galileo. O GPS europeu, como alguns lhe chamam, é capaz de fornecer informações precisas de posicionamento e navegação desde 2016, podendo qualquer pessoa beneficiar dos seus serviços desde que tenha um dispositivo capacitado para isso.

Galileo funciona atualmente com outros sistemas de navegação, como o Sistema de Posicionamento Global americano (GPS), o GNSS russo (GLONASS) e o Beiduo da China, esperando-se que a constelação se complete em 2020.

Este lançamento de satélites e o previsto para o próximo ano, constituem os últimos destinados a compor a constelação de 24 satélites operacionais e 6 de reserva em órbita, dispostos em 3 planos orbitais e oferecendo 4 serviços a nível global: Serviço Aberto (Open Service - OS) de posicionamento e sincronização; Serviço Comercial (Comercial Service - CS); Serviço Público Regulado (Public Regulated Service - PRS) para utilizadores autorizados; e Serviço de Busca e Resgate (Search and Rescue Service - SAR) que constituem a contribuição europeia para a configuração LEOSAR.

 

GMV em Galileo

A GMV foi a principal contratada para prestar serviços de geodesia e sincronização (TGVF), co-liderando o desenvolvimento do Centro Europeu de Serviços GNSS da União Europeia (GSC) e liderando o contrato para o desenvolvimento do Demonstrador de Serviço Comercial (CS) de Galileo para validar as capacidades do sistema destinado a proporcionar serviços comerciais de posicionamento preciso (High Accuracy - HA).

A partir do segmento terrestre, a GMV desenvolveu subsistemas críticos de GCS (Ground Control Segment) e GMS (Ground Mission Segment), tais como o OSPF (Orbit & Synchronisation Processing Facility), IPF (Integrity Processing Facility), SPF (Service Product Facility), FDF (Flight Dynamics Facility) e MNE (MDDN Network Equipment). Participa em tarefas de engenharia e conceção do sistema completo na fase de Validação em Órbita (In-Orbit Validation - IOV), assim como na fase de Capacidade Plena de Operações (Full Operational Capability - FOC) que completa a infra-estrutura terrestre e espacial desenvolvida durante a fase de IOV.

Além disso, a Comissão Europeia adjudicou à GMV o contrato-marco para o desenvolvimento do centro de referência (Galileo Reference Center - GRC) e do contrato-marco para o fornecimento da infra-estrutura do canal de retorno (Return Link Service Provider - RLSP) do serviço de Busca e Resgate (Search and Rescue Service - SAR) do programa. Também há 15 pessoas a dar assistência às operações de Galileo no Centro de Controlo do Centro Aerospacial Alemão (DLR).

A GMV, por sua vez, trabalha há anos em aplicações que exploram os serviços de GNSS. Como exemplos disso podem referir-se as atividades de posicionamento preciso (PPP) ou o desenvolvimento de recetores para aplicações específicas, como o PRS ou a IoT.

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