Como introduzir a Inteligência Artificial nas empresas?
Embora estejamos numa fase inicial na adoção da Inteligência Artificial, já são muitas as empresas que se encontram no grupo de early adopters e que contam com interessantes casos de utilização. IDG Research Services diz que a IA vai ser o próximo grande fator de disrupção nos negócios, não se podendo ignorar nem adiar.
Por isso, a IDG organizou o IA Roadmap 2019 com a participação de importantes empresas que relataram como estão a integrar a IA e com um painel de profissionais que deram o seu ponto de vista sobre a visão que têm do momento atual e das perspectivas para o sector. José Carlos Baquero, Diretor de Big Data e Inteligência Artificial de Secure e-Solutions da GMV, foi um dos peritos que participaram nesta jornada. A IDG aproveitou o encontro para apresentar o relatório "IA Machine Learning Roadmap 2019" elaborado para facilitar o desenvolvimento de uma estratégia de IA por parte das empresas.
Para a GMV, a IA não é algo novo, pois há anos que vem utilizando as técnicas mais avançadas em projetos para deteção de fraudes, destinados a entidades bancárias, deteção de ameaças, otimização de processos industriais, manutenção preditiva, segmentação e scoring de clientes, gestão do conhecimento, assistentes de conversação, reconhecimento de voz e indexação, identificação facial, formação, consultoria tecnológica, etc.
A GMV aposta no modelo de co-criação, que permite desenvolvimentos à medida, combinando o conhecimento interno do cliente sobre o seu negócio e seus problemas com os recursos e capacidades da GMV para conetar de forma precisa com o caso de utilização mais adequado. A GMV ajuda os clientes a identificar esses casos de utilização em que pode aplicar a IA, seja para melhorar um processo, para melhorar um produto ou inclusivamente para criar novos produtos a partir dos dados.
São evidentes as vantagens que envolve a automatização de decisões, porém é de suma importância ter em conta a possível falta de equidade derivada dos desvios dos algoritmos herdados nos próprios dados, dos quais podem resultar decisões injustas e discriminatórias.
Para fazer frente a este problema, a GMV está a analisar diferentes técnicas em três fases da conceção do algoritmo: o processamento prévio dos dados, quando os dados per se já têm distorções; por outro lado, durante o treino, uma vez que existem técnicas que penalizam o algoritmo e não aprendem com essas distorções; e finalmente no pós-processamento pela atribuição de diversos limiares.
É importante que as decisões da IA reflitam equidade, não apenas por marcação dos reguladores mas também porque a própria sociedade deve pedir uma utilização responsável que garanta os direitos das pessoas. A GMV enfrenta um novo repto em que já está a conseguir importantes resultados.