GMV expõe as vantagens do Lean 4.0 para otimizar as instalações industriais

At the Advanced Factories Congress Ángel C. Lázaro, Industry Business Partner of GMV’s Secure e-Solutions sector, has shared GMV’s vision of digitalization processes within Industry 4.0

O termo "Lean" surgiu nos anos 80 para denominar a filosofia de produção cuja principal característica consiste em maximizar a criação de valor para o cliente final ao mesmo tempo que trata de eliminar as perdas dos sistemas. Para isso, Lean centra-se na redução do que se identifica como os 8 desperdícios básicos: reprocessamento, movimentos desnecessários, excesso de inventário, defeitos, transporte ineficiente, produção excessiva, talento não utilizado e tempo perdido. Ligando este modelo de gestão à Indústria 4.0, surge o conceito Lean 4.0, permitindo novas utilizações disruptivas e inovadoras da tecnologia para favorecer uma indústria mais eficiente e com uma flexibilidade que lhe permita adaptar-se às necessidades concretas do mercado.

No Congresso Advanced Factories, Ángel C. Lázaro, Business Patner Indústria de Secure e-Solutions da GMV, partilhou a visão da empresa em processos de digitalização no seio da Indústria 4.0, expondo alguns exemplos de implantação e andamento de projectos de optimização e melhoria da produção, ligados ao Lean 4.0.  Foi uma palestra que teve lugar na mesa de debate de "Experiências 4.0 em instalações de processamento" em que participaram peritos da Repsol Química, Celsa Group e Pervasive Technologies.

Durante o debate, a GMV expôs alguns casos de utilizações reais em que se está a trabalhar e onde se conseguiram grandes resultados. Em primeiro lugar, referiu a utilização da Inteligência Artificial juntamente com o Big Data e infra-estruturas na nuvem para alcançar uma produção previsível. Desta forma, os dados de diversas fontes utilizam-se para ajustar a produção à procura, reduzindo o inventário e a utilização de matérias-primas. No sector farmacêutico já se trabalha na utilização dos dados de pacientes, provenientes de diversas entidades públicas ou plataformas abertas para prever possíveis epidemias e ajustar a produção de um medicamento a este caso. Outro exemplo encontra-se no sector retalhista, onde a análise das tendências e padrões de comportamento na Internet e redes sociais se utiliza para oferecer aos clientes novos produtos relacionados com os seus interesses.

Outro caso que apresentou Ángel C. Lázaro foi o da produção flexível, com tiragens curtas e produtos dotados de alto grau de personalização. Para alcançar estes objetivos, é possível encontrar apoio no uso da robótica industrial, da robótica colaborativa, da Inteligência Artificial e computação na nuvem, permitindo atualmente alterar entre diversas referências na produção (graças à mobilidade e facilidade de programação) ou à utilização de AGVs (Automated Guided Vehicles - Veículos de Guiamento Automático) para o movimento de mercadorias em linhas de produção e armazéns. Além disso, a chegada da 5G permitirá que toda a lógica de controlo e produção possa estar albergada na nuvem, uma vez que a sua velocidade permitirá praticamente o acompanhamento em tempo real.

Ligado a este último capítulo sobre a evolução das comunicações com a 5G, a democratização do hardware e da Internet das Coisas, permite-nos dispor de todos os dados de qualquer máquina ou recanto da fábrica para se saber como está a decorrer um processo e, mais detalhadamente, como estão a comportar-se os diversos componentes que dele fazem parte. Desta forma, temos ao nosso alcance uma grande quantidade de dados processados para prever saídas do âmbito da operação antes que estas ocorram.

“Quando começamos a implantação de um projecto Lean 4.0 devemos não apenas assegurar-nos de que sabemos o que e como vamos fazer, mas também como e quando vamos terminar, de forma que nos permita finalizá-lo com êxito”, argumentou Ángel C. Lázaro ao concluir a sua intervenção.

 


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