A AMETIC, em colaboração com a Fundação Espanhola para a Ciência e Tecnologia (FECYT), organizou uma jornada para apresentar o relatório “Espanha Quântica”. Este relatório oferece uma panorâmica do ecossistema de tecnologias quânticas na Espanha, centrando-se na aplicação das soluções tecnológicas em diferentes sectores-chave da economia espanhola, com grande impacto social e económico.

A apresentação do relatório foi feita por Luis Fernando Álvarez-Gascón, Director-Geral de Secure e-Solutions da GMV e Presidente da Comissão de Inovação da AMETIC, juntamente com Ulises Arranz Cuéllar, responsável pela área quântica de ACCENTURE e com Alfonso Rubio Manzanares, Presidente de Barcelonaqbit e Coordenador do Grupo de Tecnologias Quânticas da AMETIC. Álvarez-Gascón alertou para a necessidade de nos posicionarmos em tecnologias de ponta como a quântica, onde a Europa e a Espanha desempenham um papel modesto relativamente às grandes apostas dos EUA ou da China.

Durante as várias intervenções falou-se de comunicação, simulação, criptografia e computação quântica como grandes promessas nesta evolução. Também se comentou que a quântica dever considerar-se uma tecnologia a ter em conta na nova estratégia estatal I+D+i.  Os especialistas destacaram a necessidade de se criar a "Espanha Quântica" e de nos juntarmos a ela, sublinhando a importância do factor humano e fazendo-nos participantes da 3ª Revolução da Tecnologia Quântica. Trata-se de um grande repto que implica juntar a oferta e a procura para gerar um ecossistema que possa desenvolver uma actividade inovadora na Espanha.

Na segunda parte da jornada, deram-se conferências sobre o impacto das tecnologias quânticas em diferentes sectores de aplicação. Concretamente, expuseram-se casos sobre o sector bancário, comunicações e cibersegurança, por parte de representantes do BBVA, da Universidade Politécnica de Madrid e da Associação Alastria, respectivamente. Entre outros casos de uso contam-se:

- As empresas aeronáuticas que utilizam estas tecnologias em assuntos como a gestão de rumos ou a optimização do porão do avião, ambos difíceis de resolver com a computação clássica;

- As empresas de fabrico de veículos, que trabalham com computação quântica para resolver problemas que existirão a curto prazo sobre condução autónoma;

- A indústria farmacêutica que as utilizará para tudo o que envolva o descobrimento ou a definição de novos medicamentos;

- E por último a banca, onde a sua aplicação radicará na necessidade de grandes volumes de processamento para análise de riscos e análise de fraude.

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