A importância da ética na IA ao identificar pessoas e categorizar imagens

GMV underlines the importance of AI ethics in identifying persons and categorizing images

Do ponto de vista da Inteligência Artificial, as APIs de visão ou reconhecimento de imagem estão já bastante maduras para passar aos processos de fabrico avançado e visão artificial. Pode referir-se a detecção de defeitos complexos, a classificação de texturas e materiais, a leitura de caracteres, a verificação de montagens, a localização de peças deformadas, etc. O certo é que o facto de se dispor de um software de análise de imagem oferece soluções em tempo real a reptos complexos de visão. O reconhecimento de imagens dá-nos essa capacidade de interpretar o que a visão do sistema regista, podendo classificá-lo e utilizá-lo para optimizar a nossa cadeia de produção industrial  ou outras necessidades em qualquer outro sector de actividade onde anteriormente não tal não era possível com a visão tradicional.

A forma em que funciona o reconhecimento de imagens implica a criação de uma rede neuronal que processa individualmente todos os píxeis de uma imagem para posteriormente os processar. Esta tecnologia, como toda a Inteligência Artificial, necessita de uma capacitação ou treino para melhorar as funcionalidades oferecidas e precisão dos modelos, alimentando-se normalmente estas redes com tantas imagens quanto possível.

A divisão de Inteligência Artificial e Big Data de Secure e-Solutions da GMV desenvolveu uma demonstração para a assistência da OpenExpo Europe (o maior congresso sobre inovação tecnológica empresarial na Europa) revelando o que a Inteligência Artificial é capaz de fazer através do processamento de imagens. A demonstração consistia na criação de uma base de dados a partir de imagens que pessoas da assistência enviavam para o Twitter (com um hashtag concreto). Ao passarem pela câmara do stand da GMV, eram reconhecidas pelo sistema que mostrava os seus tweets e que as relacionava com alguma famosa personagem parecida, de uma série televisiva de drama e fantasia medieval.

A Inteligência Artificial está a dar lugar a novas ferramentas e aplicações espectaculares, colocando ao nosso alcance sistemas mais precisos que os próprios humanos em trarefas de classificação e detecção de imagens. Não obstante, é importante considerar a distorção algorítmica, uma vez que os algoritmos que utilizam podem tomar decisões que perpetuam ou geram discriminação na sociedade. Este tema foi precisamente o que José Carlos Baquero, Director de Inteligência Artificial e Big Data de Secure e-Solutions da GMV debateu na sua conferência durante o congresso.

Durante a sua intervenção, Baquero reivindicou a transparência e explicação dos modelos de treino com o objectivo de procurar algoritmos equitativos e uma utilização responsável da Inteligência Artificial. Para isso requerem-se técnicas engenhosas que corrijam a profunda distorção dos dados e forcem os modelos a realizar predições mais imparciais. A preocupação sobre a transparência e equidade de Machine Learning está a aumentar, sendo um problema que devemos analisar para assegurar um futuro mais justo e prometedor.

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