Fim dos testes para padronização de drones com os sistemas GNSS
Em fins de Junho terminou o terceiro ensaio do projecto EGNSS4RPAS para a padronização de GNSS de aeronaves não tripuladas a nível europeu (RPAS/UAV/Drones).
Em colaboração com FADA-CATEC e sob a liderança da VVA, a GMV está envolvida neste projecto que tem como objectivo padronizar os serviços de EGNOS e Galileo em aeronaves como drones, RPAS (Remotely Piloted Aircraft System) e UAVs (Unmanned Aerial Vehicle).
No âmbito do projecto realizaram-se três campanhas de testes (19 de Março, 22 e 24 de Abril e a última a 25 e 26 de Junho) com o objectivo comum de avaliar as prestações que os sistemas de navegação europeus (Galileo e EGNOS) podem ter num campo emergente e cheio de possibilidades como é o dos drones, no que diz respeito à gestão do tráfego aéreo ou aplicações típicas em ambientes urbanos como a entrega de encomendas, produtos urgentes de saúde, inspecção de edifícios, infra-estruturas críticas, etc.
Os dois primeiros testes decorreram nas instalações de ATLAS, centro de voos experimentais, integrante do Consórcio FADA-CATEC e um dos centros de investigação de vanguarda em toda a Europa. Estas instalações dispõem de todo o necessário para a realização deste tipo de testes, com um aeródromo exclusivo para drones e um amplo espaço aéreo separado que minimiza a possibilidade de encontros não desejados com outras aeronaves. O terceiro teste realizou-se no contexto urbano de Villacarrillo (Jaén), contando com todas as licenças necessárias para a sua realização por parte da Agência Espanhola de Segurança Aérea (AESA).
A Comissão Europeia pretende demonstrar que os sistemas de navegação podem trazer valor acrescentado, motivo pelo qual em cada teste se instalou nos drones o magicUT que é um terminal de utilizador desenvolvido pela GMV com suporte para aplicações SBAS (Satellite Based Augmentation System) e PPP (Precise Point Positioning) e que permite a avaliação das prestações em diferentes cenários e ambientes de trabalho. Graças ao magicUT comparou-se o posicionamento fornecido pelos sistemas europeus com o GPS, seu homólogo americano. Além de demonstrar, na maioria dos casos, melhoria nas prestações em comparação com o GPS, também cabe destacar a obtenção de prestações mais robustas e precisas quando se utilizam estes sistemas de maneira combinada ou não isolada.
A Comissão e o Parlamento Europeu aprovaram recentemente a normativa de operação de drones. Este terceiro ensaio representa um marco na aviação, sendo o primeiro em toda a Europa que seguiu a metodologia recolhida na referida normativa, particularmene com uma análise de risco prévio (SORA) à aprovação de licenças.
Nos próximos meses vai fazer-se uma análise dos resultados obtidos nestes ensaios, uma análise económica e uma de viabilidade para promoção na comunidade de utilizadores de UAS.