Antari supera barreiras na Amazónia peruana oferecendo medicina especializada
GMV CONTRIBUI COM A SUA PLATAFORMA DE MEDICINA NÃO PRESENCIAL PARA O PROJECTO NAPO DA FUNDAÇÃO EHAS CUJO OBJECTIVO CONSISTE EM PERMITIR O ACESSO A SERVIÇOS DE SAÚDE ESPECIALIZADA E DE QUALIDADE A HABITANTES DE ZONAS RURAIS ISOLADAS DO PERÚ
A inovação disruptiva da Internet nas sociedades avançadas traçou novos horizontes desafiando modelos tradicionais. Nada nem ninguém permaneceu indiferente ao seu aparecimento súbito. Mas, consoante o tipo de oportunidades que ofereceu a cada sector, a sua chegada teve impactos diferentes.
No âmbito da saúde, os cidadãos mais afortunados começam a usufruir de vantagens como a possibilidade de marcar consultas médicas online, de ter acesso ao historial clínico electrónico ou de dispor de diagnósticos de diferentes especialistas de qualquer parte do mundo. Aos menos favorecidos, àqueles que vivem em zonas recônditas, sem comunicações e com menos recursos, a Internet trouxe-lhes, pela primeira vez, a voz e o rosto de entes queridos vivendo a milhares de quilómetros ou um diagnóstico médico especializado graças à medicina não presencial, evitando-lhes deslocações.
Entre estes últimos identificam-se os habitantes das zonas rurais da Amazónia, região em que há anos está a investir a Fundação EHAS, instituição cujos objectivos consistem em melhorar o sistema público de assistência na saúde em zonas rurais de países em desenvolvimento, aplicando as tecnologias da informação e das comunicações. Trata-se de um projecto para o qual a GMV contribui com a sua plataforma Antari, de telemedicina não presencial.
Conforme explica Ignacio Prieto, director geral da Fundação EHAS, «desde 2016 que o nosso projecto NAPO conseguiu prestar serviço móvel de banda larga a cerca de 3000 habitantes de seis comunidades isoladas da selva amazónica peruana, além de dar conexão à Internet e a serviços de telemedicina a 13 estabelecimentos rurais de saúde.»
Natureza virgem e recôndita
As zonas rurais isoladas do Distrito de Loreto (Peru), situadas na bacia do rio Napo, afluente do Amazonas, têm uma dificuldade de acesso que protegeu a sua natureza mas que, por outro lado, condiciona a vida de uma população dispersa. Deste modo, chegar a um dos hospitais próximos em Iquitos, pode requerer uma viagem de seis horas em barco ou de oito horas para se chegar a Lima. Fica assim impossibilitada a cura para uma doença que não tenha tratamento a nível local.
Para responder a esta realidade, a Fundação EHAS impulsionou o projecto NAPO que permite o acesso a serviços de saúde especializada e de qualidade a mais de 21 000 habitantes por meio da tecnologia de medicina não presencial da GMV e também graças à Rede de Saúde do Napo (dependente da Direcção Regional de Saúde de Loreto e do Ministério da Saúde do Peru).
O projecto conta com o apoio do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) como principal financiador, além da Universidade Politécnica de Madrid (convocatória de 2017) e da AECID desde 2019 (Acções de Inovação para o Desenvolvimento 2018).