Robótica Industrial, IoT e Cibersegurança, uma transformação integrada e global
No contexto da transformação digital e do uso das tecnologias habilitadoras como elementos impulsionadores da Indústria 4.0, a IoT (Internet of Things) converte-se no fio condutor que otimiza o uso de cada uma das tecnologias nos diferentes campos de aplicação. Atualmente as tecnologias IoT têm permitido gerar novos modelos de interação entre as pessoas e os elementos físicos que as rodeiam, tratando-se de uma realidade em que a robótica não passou despercebida com o nascimento, em 2014, do conceito de IoRT (Internet of Robotic Things).
Nesta linha, foi focada a intervenção de Ángel Cristóbal Lázaro, Business Partner de Secure e-Solutions da GMV, na mesa de Indústria 4.0 da Global Robot Expo. Foi uma mesa de debate organizada pela AMETIC, “Robótica, chave de competitividade e flexibilidade industrial” e que tratou do potencial e da importância da integração da robótica com o resto das tecnologias para melhorar a eficiência e a produtividade do setor industrial.
O êxito da Indústria 4.0 reside no enfrentamento dos desafios da transformação digital a nível global e integrado, sem ver cada inovação isoladamente mas procurando plataformas digitais que unifiquem os sistemas informáticos atuais com os que estão por chegar. No caso da IoT, baseia-se esta na comunicação e na transferência (segura) de informações entre cada um dos atores que fazem parte de um processo com o objetivo de aproveitar os dados gerados para transformá-los em informações, aproximando desta maneira os mundos físicos e digitais.
No paradigma IoRT, o robôt não se reduz a um ente isolado, agindo apenas em função dos dados que ele próprio recebe e processa, mas com a capacidade de integrá-los e processá-los através das tecnologias IoT e das novas informações já processadas por outros atores do processo (outros robôts, sensores, atuadores, etc.). Estes robôts podem também aproveitar os indicadores de outros robôts sobre o seu estado para saber que situações ou variáveis conduzem a uma situação concreta do processo, otimizando e melhorando as tarefas, ajudando ao mesmo tempo os próprios sistemas a serem mais eficientes e flexíveis.
Como exemplo, poderiam considerar-se as tarefas de manutenção em que se emprega a robótica industrial. Ou seja, as tarefas em que um robôt perceba que a determinada hora vai ter uma falha porque está com anomalias similares às de outro robôt que teve a mesma falha há duas semanas.
Cibersegurança como princípio de conceção
Considerando que a conetividade à Internet é um fator-chave no desenvolvimento da Indústria 4.0, a Cibersegurança converte-se também num aspeto fundamental do seu correto desenvolvimento. Trata-se de um amplo setor com diversas ramificações uma vez que a Cibersegurança inclui o controlo do acesso físico ao hardware, assim como a proteção do software e dados através de um acesso por rede ou injeção de código. É um conceito que não tem que se considerar unicamente como um fator de competitividade mas como um suporte de alavancas necessário que se deve levar em conta como princípio de conceção para introduzir a tecnologia na Indústria 4.0.
“Num cenário como o que temos comentado anteriormente, a aplicação das melhores técnicas em Cibersegurança permite-nos contar com um ambiente em que os robôts operam em estreita colaboração sem risco de causar danos a pessoas, a outros robôts ou à própria produção” comentou Cristóbal Lázaro na sua intervenção.
Devemos pensar na segurança como um princípio de conceção e aproximá-la ao mundo TI que é a indústria que mais ataques tem sofrido na sua curta história e que fez com que evoluísse rapidamente para mitigar os problemas que podem surgir.
Todos estes elementos referidos pelo perito da GMV na mesa de debate são tecnologias com que a empresa trabalha há bastante tempo. Neste sentido, a GMV desenvolve e integra sistemas chave-na-mão e sistemas robóticos desde 1993 para diferentes setores de aplicação e com ampla oferta de serviços em engenharia de sistemas e integração, conceção, implementação e integração de soluções robotizadas (sensores, actuadores, controlo de braços robóticos e sistemas em tempo real), direção, navegação e controlo, inteligência artificial, sistemas de controlo e processamento de dados, testes e verificação, etc. Não obstante, e como empresa de referência em Cibersegurança, a GMV oferece serviços e soluções seguras, adaptadas à cadeia de valor e comprovadamente eficazes nestes ambientes tão específicos.