É este o ano da Cibersegurança?
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Como estão a evoluir as ciberameaças e como está a indústria a responder? E qual o verdadeiro efeito do sismo WannaCry na perceção das organizações quanto à importância de não negligenciar esta área do IT? Pedro Lopes Vieira, Desenvolvimento de Negócio Secure eSolutions da GMV juntou-se a outros players do mercado para responder a estas e outras questões e discutir o atual contexto da cibersegurança numa mesa redonda organizada pelo IT Channel.
De acordo com Pedro Lopes Vieira, “o mediatismo dos ataques em 2017 colocou a segurança e a gestão dos dados no centro das discussões o que acaba por ser um fator de sensibilização acrescido” acrescentando que “em 2018 outros ataques vão acontecer”. O novo Regulamento Geral de Proteção de Dados, obrigatório a partir de 25 de maio, foi também um dos assuntos discutidos e para Pedro Lopes Vieira há uma “motivação induzida” uma vez que irá forçar alterações culturais na forma de olhar para a informação.
Também a Inteligência Artificial foi tema de destaque sendo considerada uma arma dupla e o recurso a ferramentas de IA e machine learning prometem facilitar ainda mais a vida dos hackers, ao dotar os ataques de um nível superior de agilidade e automatismo. Porém, o uso malicioso da IA não se fica apenas pela automatização dos ataques uma vez que “diz também respeito à diversificação, recorrendo a user behavioral analytics para imitar comportamento humano e começa-se a falar de weapanization de IA. A questão do botnet of things, a diversificação da capacidade de produzir ataques com recurso a computação remota será uma tendência”, concluiu Pedro Lopes Vieira.
Em 2018 a cibersegurança continua a ser uma das maiores preocupações das empresas sendo as ameaças cada vez mais complexas e sofisticadas.