As tendências tecnológicas estão a impulsionar o setor do Grande Consumo
A digitalização da indústria está a progredir apesar das barreiras que preocupam e detêm as organizações, destacando-se nisto a falta de profissionais qualificados, a adoção de medidas de cibersegurança e a problemática da poupança energética. Trata-se de uma transformação que aposta em tecnologias habilitadoras para se conseguirem indústrias inteligentes e altamente flexíveis, eficientes e capazes de integrar cadeias de valor colaborativas que respondam à procura do mercado no que se refere à sustentabilidade, transparência e personalização.
Os novos desafios que apresenta a Indústria 4.0, a digitalização e as novas tendências tecnológicas estão a mudar o modelo produtivo de setores como o alimentar. Sabendo-se disso, organizou-se no âmbito do Programa Setorial impulsionado por enerTIC, um ponto de encontro entre os dirigentes e responsáveis mais destacados do Setor do Grande Consumo (fabricantes de alimentação e bebidas) e os principais fornecedores de soluções tecnológicas, entre os quais se destaca a GMV com a sua experiência.
O objectivo deste encontro consistiu em identificar desafios e oportunidades das TIC em matéria de Transformação Digital, Eficiência Energética, Inovação e Sustentabilidade, conhecer as principais barreiras que devem superar, divulgar as novas tecnologias para maior competitividade e estimular a inovação com soluções de poupança energética adaptadas à Indústria 4.0.
No que toca às soluções tecnológicas, os participantes da jornada comentaram a utilização de sistemas de gestão baseados em Big Data e Machine Learning que os ajudam a recolher informações, exportá-las e analisá-las do modo mais adequado para tomar decisões que ajudem à eficiência energética. Nesta linha, também se destacou a necessidade de utilizar serviços na nuvem em modalidade “as a service” para evitar a rápida obsolescência de algumas tecnologias ou a monitorização e o seguimento de equipamentos, fábricas e processos de fabrico para identificar possíveis poupanças de energia. Todas estas tecnologias integradas são uma vantagem para o negócio e para a sociedade, mas no momento de as implementar é imprescindível ter em conta a cibersegurança e a interoperabilidade. “Desenvolver tecnologias habilitadoras no setor da alimentação e bebidas requer que se fale de eficiência e competitividade. É necessário desenvolver sistemas de gestão modulares, interoperáveis e escaláveis baseados nas tecnologias habilitadoras que permitam alcançar não apenas os objetivos a curto prazo (redução de custos, otimização no uso da energia e melhoramento da produtividade), mas também a longo prazo (autonomia e novos modelos de negócio) sem que as organizações tenham que modificar periodicamente a sua estratégia de desenvolvimento tecnológico, em função dos avanços concretos”, comentou Miguel Hormigo, Team Leader de Indústria 4.0 na GMV.
No fim da jornada citou-se uma série de conclusões que supõem um valor pelo qual se deve apostar e cujo resultado envolve um grande avanço rumo a um setor mais preparado e eficiente. Uma das conclusões mencionadas é o compromisso de entrar em projetos globais de transformação digital que permitam a rápida tomada de decisões efetivas para melhorar a eficiência energética.