GMV dá voz à indústria digital com AMETIC
Sob o lema ‘Dando voz à indústria digital’, a AMETIC organizou o trigésimo segundo Encontro da Economia Digital e das Telecomunicações com a colaboração do Banco Santander. Durante três dias, as principais indústrias digitais reuniram-se com o objectivo de reivindicar o papel da indústria digital no processo de digitalização da sociedade e analisar os grandes factores da transformação digital e suas oportunidades de negócio.
A GMV foi um dos grandes protagonistas, participando em várias sessões onde se abordaram os reptos que apresenta a digitalização sob diversas perspectivas como a saúde digital e a cibersegurança como elemento de inovação e como factor fundamental no automóvel autónomo e conectado.
A mesa de debate “Saúde Digital - O papel das tecnologias na sustentabilidade do SNS e a gestão da saúde” contou com a participação de Carlos Royo, Director de Estratégia na Secure e-Solutions da GMV. Royo reconheceu que “o sector da saúde está a transformar os seus tradicionais processos assistenciais rumo a um modelo que garanta a sua sustentabilidade, baseando-se em sistemas mais colaborativos e conectados”. Ao enumerar algumas das tecnologias principais que mais vão incidir no mundo da saúde, Royo destacou o Big Data que qualifica como “um património da humanidade para os médicos”, referindo também o Blockchain, a realidade aumentada, a 3D, a Internet of Things ou a robótica, como contribuição para se chegar à medicina dos 5 Ps: Preditiva, Preventiva, Personalizada, Participativa e Populacional.
Em seguida, a GMV abordou o aspecto da cibersegurança como oportunidade para inovar. Javier Zubieta, Director de Marketing e Comunicação de Secure e-Solutions da GMV, com mais de 20 anos de experiência no mundo da cibersegurança, partilhou a mesa com Alberto Hernández, Director-Geral da INCIBE, com Fernando Sánchez, Director do CNPIC e com José de la Peña, Director da revista especializada SIC.
Durante esta sessão transmitiu-se uma mensagem positiva. Alberto Hernández destacou o talento e o bom nível das empresas do sector no nosso país, obtendo um volume de negócios na ordem dos 1200 milhões de euros em 2017, crescendo 13% e situando-se um ponto acima da média europeia, mas ainda longe do negócio global onde se movimentam uns 80 mil milhões de euros. Para o director do INCIBE seria interessante que as empresas espanholas pudessem participar desse mercado global, deparando-se embora com a barreira do preço em face das empresas locais. A competição, portanto, deveria basear-se no valor, oferecendo produtos e serviços mais inovadores.
Por sua vez, o director do Centro Nacional para a Protecção de Infra-Estruturas Críticas (CNPIC), Fernando Sánchez, alertou para a necessidade de saber o que ocorre quando os sistemas não funcionam. “A outra face da moeda também é importante não apenas para garantir o funcionamento do sistema mas também para oferecer vantagem competitiva a nível comercial”.
Esta mesa completou-se com a participação de Javier Zubieta, que enfatizou a importância de se investir em inovação, destacando que a GMV dedica 10% da sua facturação a este capítulo. Um exemplo de I+D+i da GMV é o produto que protege contra malware em mais de 150 mil caixas multibanco distribuídas por 34 países.
A terceira sessão em que participou a GMV foi a mesa dedicada à cibersegurança no automóvel autónomo e conectado, com Sara Gutiérrez, directora da unidade de negócio do Sector Automóvel, afirmando que “todos sabem que o veículo conectado tem um potencial muito elevado para contribuir em áreas como a segurança rodoviária e o aumento da eficiência energética”. No entanto, lembrou o facto de também “ser possível hackear ou ter acesso à rede eléctrica de um veículo”. Para evitar isso, Gutiérrez defendeu “que a maneira de abordar a cibersegurança deve ser robusta, completa e complementar a outras áreas de engenharia do veículo”.