A GMV irá desenvolver, em conjunto com o Centro de Investigação Espacial da Academia Polaca de Ciências (Centrum Badań Kosmicznych Polskiej Akademii Nauk) e a Hertz Systems, um modelo de recetor GNSS programável para microssatélites e lançadores. O dispositivo será concebido para o posicionamento preciso de pequenos satélites na órbita terrestre, além de constituir um elemento da aviónica de pequenos lançadores.

O dispositivo que o consórcio está a desenvolver constituirá uma alternativa para as soluções mais caras e de maior dimensão disponíveis no mercado. O modelo está a ser elaborado tendo em consideração as necessidades do setor e, em concreto, de empresas emergentes e das construtoras de microssatélites ou pequenos lançadores, permitindo reduzir tanto os custos de construção como de operação dos objetos enviados para o espaço.

A determinação precisa da órbita utilizando o recetor GNSS programável é também crucial para novos tipos de missões, tais como: a manutenção e o reabastecimento de satélites em órbita, a captura de lixo espacial, os voos de vários satélites pequenos em formação ou a construção de grandes estruturas diretamente em órbita.

O primeiro protótipo do recetor GNSS programável (no 8º nível de preparação tecnológica TRL) será testado a bordo do ARION-1 já no início de 2020.

O projeto está a ser levado a cabo no âmbito do programa NAVISP da Agência Espacial Europeia. A GMV, como líder do projeto, é responsável pela integração do dispositivo e do desenvolvimento de algoritmos que permitam o posicionamento preciso no espaço. O Centro de Investigação Espacial encontra-se na fase de conceção dos elementos eletrónicos do recetor e a Hertz Systems desenvolverá o protótipo e realizará os seus testes em terra.

O recetor GNSS está a ser elaborado em resposta às novas tendências do setor espacial, que procuram um acesso mais fácil, mais barato e mais rápido ao espaço e aos serviços que lhe estão vinculados. Esta nova perspectiva reflete-se na criação de grandes constelações de satélites ou na miniaturização de dispositivos, incluindo a redução do tamanho dos satélites e dos lançadores.