GMV utiliza Big Data para investigar as doenças oncológicas do sangue
A Aliança Harmony constitui uma iniciativa sem precedentes na luta contra os cancros do sangue por meio da análise Big Data na qual participam 51 entidades-chave nos âmbitos clínico, académico, regulatório, económico, ético, farmacêutico, de pacientes e de avaliação de tecnologias de saúde.
Numa primeira etapa, Harmony pretende oferecer um marco ético e legal sobre a utilização de dados médicos, analisar os primeiros dados da plataforma e definir conjuntos de resultados standard.
Tal como explicou Inmaculada Pérez Garro, Responsável pelos Projectos Big Data de Saúde na GMV, durante esta primeira etapa do projeto “enfrentámos o desafio de harmonizar sob um marco único as diferentes normas que protegem os dados dos pacientes para poder trabalhar com um modelo comum que esteja em conformidade com os princípios de intercâmbio de dados FAIR (localizável, acessível, interoperável e reutilizável)”.
A partir de agora, “podemos avançar na recolha, processamento e harmonização de grandes volumes de dados que nos servirão mais adiante para obter provas do comportamento de doenças como a leucemia mielóide aguda, a leucemia linfoblástica aguda, a leucemia linfoblástica crónica, a leucemia linfocítica crónica, o mieloma múltiplo, o linfoma de Hodgkin, os síndromas mielodisplásticos e as doenças hematológicas pediátricas”.
Um capítulo de caráter não tecnológico, que também requereu um grande esforço, foi a definição e conceção dos procedimentos para que os utilizadores possam apresentar as perguntas na plataforma e obter provas. Para isso, como especifica Pérez Garro, “temos mantido contacto com diferentes especialistas dos diversos membros do consórcio público-privado que constitui HARMONY: Engenheiros, membros de comités éticos, juristas, clínicos, etc., para chegarem a um acordo sobre as melhores soluções a partir das diferentes abordagens do projeto”.
Aplicando técnicas de analítica avançada sobre os grandes volumes de dados transferidos para a plataforma Big Data, a GMV facilitará informações que permitirão aos especialistas analisar o comportamento e a evolução destas doenças em diferentes habitats, caracterizá-las mais especificamente, identificando marcadores clínicos, genéticos e moleculares que definam a população afetada por determinada doença. Isso contribuirá para o “desenvolvimento de novas terapias capazes de personalizar os tratamentos e benefícios para o doente, evitando a exposição a elementos tóxicos desnecessários”, especifica a responsável.