A cibersegurança do carro autónomo, um problema a nível global.

GMV’s Carlos Sahuquillo has given a paper at VLCSOFTING explaining the vulnerabilities that have come to light in connected cars and the main hacking entry-points

Prevê-se que 2020 seja o ano-chave para a implantação do carro totalmente conectado, ou seja, do momento em que os veículos circularão sem necessidade da intervenção humana. A condução automatizada elimina o erro humano, reduz a sinistralidade e permite uma vida mais simples a bordo. Sem dúvida será uma mudança que nos oferece muitas vantagens mas que também terá de enfrentar grandes reptos que começam a ser preocupantes, tanto para os fabricantes como para a sociedade.

Uma das principais barreiras ao desenvolvimento deste tipo de veículos é a existência de ciberdelinquentes que podem manipular os carros autónomos, conseguindo até controlá-los totalmente. Por isso os fabricantes terão que assegurar a protecção contra o acesso externo não autorizado e evitar assim que um hacker possa assumir o controlo.

Carlos Sahuquillo, Consultor de Segurança de Secure e-Solutions da GMV, deu uma palestra na quarta edição de VLCSOFTING, organizada pelo Instituto Tecnológico de Informática (ITI) para dar a conhecer vulnerabilidades que apareceram nos carros conectados e para explicar quais são os entry-points usados para conseguir infiltrá-los. Tratou-se de uma intervenção focada no conceito “Car Hacking” e destinada a mostrar que existe mais controlo sobre os elementos de segurança do automóvel do que em possíveis vulnerabilidades tecnológicas.

A cibersegurança do carro autónomo é um problema preocupante a nível global. Constitui uma ameaça que já envolveu casos de pessoas que foram capazes de aceder ao controlo remoto de um veículo equipado com sistemas de conectividade. Existem riscos que vão desde o roubo de contra-senhas à abertura e fecho remoto das portas, passando pela localização do carro ou pelo seu controlo físico. Com efeito, há vulnerabilidades em vários veículos que actualmente estão no mercado. Por exemplo, há alguns meses foi noticiado o roubo de carros de gama alta com chaves inteligentes que permitem abrir a porta e pô-lo em marcha, bastando para isso uma aproximação ao veículo, sem necessidade de carregar em botões ou de introduzir chaves.  Quem for capaz de emitir a mesma frequência emitida pela chave electrónica, pode abrir o carro com facilidade. Este é o problema.

Em face destas vulnerabilidades tecnológicas fica claro que os fabricantes têm que fazer um grande esforço para solucionar este problema e apostar numa estratégia de cibersegurança para oferecer aos seus clientes um veículo totalmente seguro e preparado para futuros ciberataques.

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