O novo satélite espanhol PAZ, cujo lançamento está previsto para fins do próximo ano, terá a GMV como fornecedora do centro de controlo da missão, a qual inclui todos os aspectos do planeamento da plataforma e da aquisição de imagens, o controlo orbital, a orientação do satélite e a gestão e monitorização dos equipamentos de bordo e comunicações. A GMV também se encarregará do sistema de gestão de utilizadores e distribuição de imagens de radar.

O satélite PAZ é um aparelho militar de observação da Terra, que irá orbitar a 514 quilómetros de altitude, sobrevoando os pólos. Foi concebido para aplicações de vigilância, cartografia de alta resolução, controlo de fronteiras, apoio táctico em missões no estrangeiro, gestão de crises e riscos, avaliação de catástrofes naturais, controlo do ambiente e vigilância do contexto marítimo. Vai cobrir diariamente uma área superior a 300 mil quilómetros quadrados da superfície do planeta.

Este satélite encontra-se no âmbito do Programa Nacional de Observação da Terra (PNOT) criado pelos Ministérios da Defesa e da Indústria, Comércio e Turismo em 2007. O INTA foi encarregado de desenvolver o segmento terrestre para o satélite PAZ, o qual se compõe de um sistema de observação da Terra com tecnologia de radar de abertura sintética destinado a cumprir essencialmente os requisitos operacionais de segurança e defesa, mas também com aplicações de uso civil, no campo da observação de alta resolução.

A GMV, que é líder no segmento terrestre de missões espaciais e o primeiro fornecedor independente do mundo de Sistemas de Controlo em Terra para operadores de satélites comerciais de telecomunicações, conta neste projecto com um orçamento de 3 milhões de euros.

O satélite pesa cerca de 1400 quilos, tem 5 metros de comprimento e 2,4 de diâmetro, sendo o seu perfil hexagonal. Em cada dia dará 15 voltas à Terra a uma velocidade de 7 quilómetros por segundo, sobrevoando  Espanha 2,6 vezes por dia.

O PNOT é também composto por outro satélite de tecnologia óptica denominado INGENIO. Juntos tornarão possível a observação global do território nacional, o que faz deEspanha o primeiro país europeu a dispor de um sistema dual (óptico e radar) de observação destinada a uso civil e militar. Quando estiverem operacionais vão permitir a utilização de múltiplas aplicações.