Asteróides: Uma Visão do Futuro

AIM

No dia 1 de Março a GMV realizou na sua sede de Madrid a conferência "Asteroides: A vision of the future", onde reuniu cientistas da Agência Espacial Europeia (ESA) e peritos da indústria em matéria de exploração e futuras missões a asteróides.

O encontro começou com uma demonstração da fase de aterragem da missão AIM (Asteroid Impact Mission) no platform-art©, laboratório da GMV para ensaios robóticos avançados. A seguir foi a vez das apresentações dos peritos: Em primeiro lugar interveio a Nicolas Altobelli, cientista da ESA na Divisão de Operações de Ciência do Sistema Solar, que fez uma conferência sobre "Rosetta: uma retrospectiva sobre montar um cometa... e sobre o que mais há de vir!" Em seguida, Andrea Accomazzo, Director de Operações de Rosetta e actualmente chefe da divisão de missões solares e planetárias do Centro Europeu de Operações Espaciais (ESOC), foi o perito encarregado da apresentação "Rosetta: um precursor para a protecção planetária". Como nota final do evento, a assistência teve oportunidade de assistir a uma projecção sobre a missão realizada por uma das melhores especialistas do mundo na técnica de Sand Art.

A Conferência foi realizada como complemento ao evento "Asteroid Impact Mission (AIM) Science Meeting" que a ESA organizou durante os dias 1 e 2 de Março no Centro Europeu de Astronomia Espacial da Agência (ESAC/ESA).

Actualmente a GMV é responsável não só pela análise de missão como pela Orientação, Navegação e Controlo (GNC) da missão AIM. Também contribui para a definição das operações até ao seu destino: o A primeira missão a um asteróide binário, o que envolve uma importante componente científica.

A AIM é parte activa do projecto AIDA (Asteroid Impact and Deflection Assessment) da ESA e da DRL (Alemanha), do Observatoire de la Côte d'Azur (França), NASA e da John Hopkins University Applied Physics Laboratory (JHU/APL), destinado a avaliar o potencial da técnica do projéctil cinético para desviar asteróides próximos. O segundo elemento desta missão é o satélite DART (Double Asteroid Redirection Test) que é americano. O montante previsto para a AIM (missão considerada de baixo custo) é de 200 milhões de euros. O destino da missão AIM será decidido na próxima conferência ministerial em fins de 2016. Se a missão for aprovada, a AIM será lançada em 2020 por um foguetão Soyuz-ST, a partir da Guiana Francesa, rumo ao asteróide Didymos. Chegará 18 meses mais tarde e começará então a análise de Didymoon, quando o sistema binário passar aproximadamente a 11 milhões de quilómetros da Terra (30 vezes a distância da Lua).

Em Outubro de 2022 a AIM observará o impacto do satélite DART contra o Didymoon, a 6 Km/s. O DART levará uma câmara que captará imagens do asteróide com uma resolução que irá até 20 centímetros antes do impacto. A AIM e o DART trabalharão conjuntamente com o fim de determinarem a transferência de energia que resulta do choque do DART contra o cometa secundário e de observarem o pó em suspensão antes e depois do choque.

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