O programa Galileo cruza o Equador

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A bordo de um foguete Ariane 5, foram lançados com êxito, no passado dia 17, às 13h06 GMT (14h06 CET, 10h06 hora local), os satélites Galileo 15, 16, 17 e 18, a partir do porto espacial de Europeu na Guiana Francesa. Com este lançamento, o sistema de navegação por satélite Galileo, já tem dezoito satélites em órbita.

Com o lançamento de quatro novos satélites, Galileo cruzou o seu próprio equador: uma vez em órbita e após o processo de validação, ficará operacional um total de 18 satélites, o que constitui mais de metade da constelação nominal.

A GMV tem um papel determinante no desenvolvimento de muitos elementos-chave de Galileo. Além destas actividades de Sistema e consciente da sua posição como actor global na comunidade GNSS, a GMV apostou sempre no desenvolvimento de aplicações de utilizador para explorar a valiosa infra-estrutura que tem ajudado a construir. Como resultado disso, foram aparecendo ao longo dos anos numerosos produtos GNSS. Embora inicialmente desenvolvidos para os sistemas tradicionais (GPS e GLONASS), muitos estão a evoluir, demonstrando os resultados que Galileo já não é um sonho mas uma reconfortante realidade.

Eis um exemplo entre os muitos possíveis: srx-10, o receptor software GNSS da GMV, foi actualizado para Galileo. O srx-10 foi inicialmente desenvolvido para o processamento integral de sinais GPS e GLONASS, desde as provas digitais ao posicionamento final, incluindo todas as etapas intermédias: aquisição e seguimento (com base em correlações software), geração de observáveis, descodificação de mensagens, etc.

O desenvolvimento do srx-10 guiou-se por três directrizes principais: eficiência computacional, que permitirá a utilização de processadores de baixa gama, com muito menos potência que a de um computador; robustez, tirando o receptor do laboratório e submetendo-o a condições de dificuldade em campanhas exaustivas nos ambientes mais hostis (desfiladeiros urbanos); por último, a modularidade e redimensionamento para suavizar o caminho à evolução de outros Sistemas GNSS, mantendo a experiência prévia acumulada. Fiel a este propósito, o srx-10 comportou-se como um produto potente e flexível que permitiu a sua actualização para Galileo de forma natural e suave.

O posicionamento autónomo com Galileo é possível sempre que o receptor veja um mínimo de quatro satélites, o que, com os satélites actualmente disponíveis, já ocorre com frequência. A figura mostra o posicionamento com srx-10 nas instalações da GMV, utilizando apenas quatro satélites Galileo. A chegada de quatro novos satélites aumentará a disponibilidade de Galileo e, em consequência, melhorará as capacidades de posicionamento. Em qualquer caso, no modo de multi-constelação, os satélites Galileo actualmente disponíveis incluem já um complemento muito valioso que melhora as prestações globais de GNSS em ambientes difíceis.

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