GMV investiga na aplicação de plataformas robóticas autónomas

autonomous robotic platforms

A Agência Espacial Europeia (ESA) adjudicou à GMV um projecto de I+D que tem como objectivo o desenvolvimento de um sistema espacial de autonomia avançada, apto para meios ou missões robóticas espaciais, individuais ou colaborativas (rovers orbitais e de superfície) que requerem operações robustas com elevados níveis de deliberação.

Este sistema baseia-se na experiência e nos resultados prévios acumulados pela GMV no GOAC (Goal-Oriented Autonomous Controller), projecto também subscrito com a Agência e que teve como objectivo a concepção e implementação de um modelo de controlador inteligente para missões robóticas espaciais capaz de tomar decisões por si mesmo.

No âmbito deste novo projecto, a GMV propõe uma arquitectura híbrida composta por três níveis: deliberativo, executivo ou funcional, incluindo um componente adicional -- o controlador embarcado -- que coordena a interacção entre estes três níveis, permitindo entrecruzar o planeamento da missão com a sua correcta execução.

Actualmente ninguém duvida que os robôs possam substituir os astronautas na realização de tarefas longas e repetitivas. Além disso, a utilização de robôs autónomos poderia permitir a realização de actividades que não podem ser assumidas pelos seres humanos (manutenção de satélites, recolha de amostras em planetas, exploração no terreno, etc.). Inclusivamente as missões no espaço profundo ou as missões de investigação astronómica em que se possa intervir automaticamente no processamento de dados, poderiam beneficiar da utilização de plataformas autónomas.

Mas para além do espaço, a utilização de sistemas robóticos autónomos abre incontáveis possibilidades. Actualmente as soluções robóticas autónomas consideram-se uma ferramenta ideal para a realização de tarefas monótonas, difíceis e perigosas, também no âmbito industrial. As grandes empresas de petróleo e gás mostram cada vez maior interesse na utilização de robôs móveis inteligentes para poderem inspeccionar e supervisionar as suas instalações industriais e reagir a casos imprevistos, tais como fugas de gás. Até acidentes como o de Fukushima mostraram a vantagem de dispor de robôs móveis para terem acesso a áreas radioactivas.

Desta forma, espera-se que os resultados alcançados pela GMV no âmbito deste projecto possam ser aplicadas nos cenários robóticos que interagem com ambientes complexos e difíceis, não apenas no espaço mas também em aplicações terrestres. No futuro esta tecnologia poderia igualmente aplicar-se a outros sectores com semelhantes dificuldades de acesso e de perigo, tais como instalações industriais, infra-estruturas críticas, subsolo, contextos submarinos ou áreas radioactivas.

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