Conclusões da Conferência Ministerial da Agência Espacial Europeia
Nos dias 1 e 2 de Dezembro celebrou-se em Lucerna (Suíça) a reunião do Conselho da Agência Espacial Europeia (ESA) a nível ministerial, presidida por Luis de Guindos, Ministro da Espanha para a Economia, Indústria e Competitividade. Nessa reunião, os ministros encarregados dos assuntos espaciais dos 22 Estados-Membros da ESA, Eslovénia e Canadá, decidiram atribuir 10.300 milhões de euros a actividades e programas espaciais, baseando-se na visão de um Espaço Unido na Europa, para a era do Espaço 4.0.
O financiamento dos programas espaciais da ESA realiza-se através das contribuições dos seus Estados-Membros, Associados e Cooperadores, garantindo a Agência o retorno destas contribuições por meio de contratos industriais às empresas de cada país, em proporção com as contribuições dos Estados. Os fundos trazidos por cada país voltam às indústrias sob a forma de contratos, existindo portanto uma correlação importante entre a contribuição de cada Estado para a ESA e a facturação e o emprego dos sectores espaciais nacionais.
No Conselho Ministerial também se decidiram os novos programas espaciais que se empreenderão no seio da Agência, assim como os investimentos a eles associados para os próximos anos. Daí o facto de a GMV, como empresa de referência no sector espacial, implicada nos principais programas espaciais europeus, estar dependente das resoluções que se adoptaram.
Como parte do programa obrigatório da ESA, aprovaram-se aproximadamente quatro mil milhões de euros, nos quais cada Estado-Membro participa de forma proporcional ao seu peso por PIB. Também se aprovaram numerosos programas opcionais nos campos de lançadores, exploração, voos tripulados, observação da Terra, telecomunicações, navegação, vigilância do espaço e tecnologia, por um total de aproximadamente seis mil milhões de euros. Os países em que a GMV marca presença, tiveram uma participação destacada. Particularmente a França e a Alemanha ocupam, como é habitual, as duas primeiras posições no ranking dos países contribuintes, seguidas pelo Reino Unido que fica em terceiro lugar pela primeira vez na história da ESA. A Espanha consolida-se como quinto Estado contribuinte. Roménia, Polónia e Portugal aumentaram as suas contribuições relativamente à passada Conferência Ministerial, ocupando respectivamente os décimo segundo, décimo quinto e décimo oitavo lugares.
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O alto nível das contribuições dos diferentes Estados-Membros veio demonstrar uma vez mais que o espaço é um investimento estratégico atraente, com um valor sócio-económico especialmente elevado.
O próximo conselho a nível ministerial terá lugar na Espanha em finais de 2019.