O sistema de comando e controlo desenvolvido pela GMV para a DGAM habilita a integração de Espanha na ASCA
De 25 de abril a 22 de maio, o exército de Terra esteve no Dynamic Front (DVIDS), um exercício multinacional liderado pelo Exército dos Estados Unidos na Europa e que foi concebido para melhorar a capacidade dos países aliados e sócios em matéria de fogos de longo alcance.
Durante estes exercícios, o Regimento de Artilharia Lança-Foguetes de Campanha (RALCA) n.º 63 do Exército de Terra espanhol validou o sistema de comando e controlo de apoios de fogos TALOS para a sua integração na comunidade ASCA (Artillery Systems Cooperation Activities).
Foto: Spc. Zachary Stahlberg
Desenvolvido desde 2010 para a Direção-Geral de Armamento e Material do Ministério de Defesa, TALOS é o sistema C4I da GMV para o planeamento, condução e execução de uma operação militar a nível tático, permitindo a integração de diferentes funções de combate (comando, fogos, inteligência, logística ou comunicações). Em relação à função de fogos, permite a gestão integral do ciclo de apoio de fogos e, desde a sua última versão, implementa o protocolo ASCA que permite a sua integração com os sistemas de apoio de fogos das nações aliadas pertencentes ao grupo ASCA (E. U.A., França, Alemanha, Dinamarca, Itália, Holanda, Noruega, Turquia, Grã-Bretanha).
Para que uma determinada nação se possa considerar membro do programa ASCA, deve-se comprovar que tanto o seu sistema de comando e controlo nacional, como as suas regras operativas nacionais (NIOP) sejam compatíveis com a interface definida em ASCA.
O processo de certificação do sistema de comando e controlo deve ser realizado através da interconexão do sistema da nação aspirante com o sistema de um país membro de ASCA. Este país membro é o encarregado de patrocinar a nação aspirante durante o processo. No caso de Espanha, o país patrocinador são os Estados Unidos.
TALOS acudia a estes exercício com a implementação do protocolo ASCA já validada com os sistemas de artilharia de dois países ASCA, seguindo os procedimentos marcados pelo standard: com o sistema AFATDS (Advanced Field Artillery Tactical Data System) dos Estados Unidos e com o sistema FC-BISA (Fire Control Battlefield Information. System Application) do Reino Unido.
Como fase prévia à integração como membro de pleno direito de Espanha no ASCA e para dispor da capacidade operativa, durante os exercícios realizou-se a integração de uma Bateria de Artilharia Espanhola num Grupo do Exército de Terra norte-americano para realizar ações de fogo real, utilizando o sistema TALOS com a sua capacidade ASCA.
Os exercícios, apoiados pela GMV com suporte remoto à representação nacional espanhola, foram um êxito e representam a integração de Espanha como membro de pleno direito na ASCA.