Após o lançamento do DART, a missão HERA encontra-se em preparação

HERA

A 24 de novembro, a NASA lançou com êxito a missão DART (Double Asteroid Redirection Test) em direção ao pequeno asteroide Dimorphos, com o qual irá colidir propositadamente para mudar ligeiramente a sua órbita no outono de 2022.

O DART faz parte da AIDA (Asteroid Impact and Deflection Assessment), uma colaboração internacional entre a ESA, a Agência Espacial Europeia, e a NASA, a Agência Espacial Norte-americana, cujos objetivos principais são o estudo do desvio através de uma técnica de impactador cinético (por parte do DART) de um sistema de asteroides binário próximo da Terra, chamado Didymos, e a sua sucessiva observação e caracterização (por parte da HERA). Este sistema consiste em dois asteroides: Didymain, que é o asteroide de maior envergadura, com um diâmetro de 780 metros, e Dimorphos, o asteroide secundário que orbita em torno do primeiro, de 160 metros de largura e para o qual se dirige a missão da NASA.

Está previsto que a missão europeia, HERA, chegue a este sistema em 2024 para cumprir um duplo objetivo: por um lado, desenvolver e demonstrar novas tecnologias de defesa planetária e, por outro, caracterizar o sistema de asteroides após o impacto do DART, obtendo dados de valor incalculável que permitam desenvolver estratégias perante um risco real de impacto na Terra.

A HERA conta com um sistema de orientação, navegação e controlo (GNC) desenvolvido pela GMV, o qual permitirá entrar em órbita e aproximar-se de forma autónoma dos asteroides que possam representar um risco de impacto para a Terra ou um interesse científico ou comercial.

Recentemente, o GNC da HERA passou com avaliação satisfatória a análise de design preliminar (PDR), cujo objetivo foi consolidar os seus requisitos e apresentar o design preliminar do sistema, e assim autorizar o início da fase de design detalhado e implementação.

As operações de proximidade e navegação ao redor de asteroides são tarefas extremamente exigentes. Os seus pequenos tamanhos e massas, bem como as formas irregulares e o ambiente desconhecido do espaço sideral, fazem que seja muito difícil controlar com segurança as naves espaciais que circulam em torno de um destes corpos. Para tal, a GMV está a desenvolver um sistema GNC altamente inovador, que proporciona essa segurança adicional para garantir o êxito da missão.

O sistema GNC desenvolvido pela GMV para a HERA executa de forma autónoma o plano de voo definido pelos controladores humanos em terra, aumentando pouco a pouco o seu nível de autonomia até calcular a bordo as manobras para voar a determinada altitude ou executar uma manobra de fuga face ao risco de colisão.

No âmbito da missão da GMV também se inclui conceber e desenvolver o sistema GNC de Juventas, um dos dois CubeSats que viaja a bordo da HERA e que uma vez libertado se aproximará bastante de Dimorphos, com o objetivo de investigar a sua estrutura interna graças ao radar que tem incorporado, e, por fim, aterrar no asteroide.

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