A GMV, empresa referência de transferência tecnológica, na TRANSFIERE 2022

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Mais outro ano, a GMV participou na Feira TRANSFIERE, Fórum Europeu para a Ciência, a Tecnologia e Inovação, um evento que chega já a sua décima primeira edição e que congrega os diferentes atores capazes de impulsionar Espanha desde a atual posição 30 do ranking de países inovadores da Organização Mundial da Propriedade Intelectual para uma mais honrosa, mais afim às suas capacidades.

Luis Fernando Álvarez-Gascón, Diretor geral de Secure e-Solutions da GMV, e Miguel Ángel Molina, Diretor de Estratégia e Desenvolvimento Comercial para a Área de Segmento Terrestre e Operações de Espaço da GMV, representaram a empresa participando em mesas de debate e workshops especializados. Luis Fernando Álvarez, numa mesa redonda sobre Políticas Específicas de Inovação, organizada pelo Fórum de Empresas Inovadoras (FEI), entidade à qual preside. E Miguel Ángel Molina, no âmbito dos workshops Boosting Zone, no de acesso ao financiamento internacional em Big Science e AeroEspacio.

Políticas específicas de inovação

Na mesa de inovação, moderada por Francisco Marín, o Prémio Nacional de Inovação 2020, ao mesmo tempo que membro do FEI, anunciou “a abertura de um debate que ocupará os próximos oito meses e ao qual se irão convidar especialistas do ecossistema da Inovação para imaginar, planificar e detalhar os impactos dessas mudanças imprescindíveis para superar a nossa inadequada posição”. Na mesma mesa também participaram Ezequiel Navarro, CEO do Grupo Premo e presidente da Fundação Instituto Ricardo Valle, Ignacio García Fenoll, Subdiretor Geral de Coordenação da Inovação. Ministério da Ciência e da Inovação (MICINN) e Marcos Pérez, Conselheiro Técnico da secretária geral de Empresa, Inovação e Empreendimento do Departamento de Transformação Económica, Indústria, Conhecimento e Universidades da Junta da Andaluzia. 

Perante o pedido realizado por Marín aos tertulianos de apresentar propostas para melhorar a posição do nosso país em matéria de Inovação, Álvarez-Gascón propôs começar com “uma mudança de perspetiva”. O problema “está mal exposto e encontramo-nos mal e frustrados por isso, porque andamos muito tempo a procurar uma situação diferente, melhor”. Em Espanha “inventou-se o conceito de I+D+i e, aquilo que inicialmente estava bem encaminhado, talvez nos tenhamos despistado no momento de diagnosticar de forma adequada”. É realmente “a inovação, o que no nosso país escrevemos com “i” minúscula, aquilo que é preciso colocar em maiúsculas”.

Já no primeiro terço do século XX, “o economista Schumpeter punha em cima da mesa um fator macro que explicava o crescimento económico a nível micro: o que nos permite competir, ter melhores salários, é a inovação”. Porque, “não podemos fazer I+D e ver depois se somos capazes de transferir, é realmente necessário inverter os termos”.

Não se deve perder de vista que “os protagonistas são as empresas, e que para que sobrevivam no mercado sendo competitivas, seria preciso eliminar, entre outras coisas, as barreiras à concorrência, ao mesmo tempo que não se deve esquecer a importância do fator humano e a sua formação”.  

Referindo-se ao grupo de estudo de que devem sair propostas para o Plano Estatal 2024-2027, o moderador pediu sugestões sobre o enfoque de pensamento que deveria ter. Para Álvarez-Gascón, primeiro seria preciso debater-se sobre o futuro do país que queremos daqui a 10 anos. Na sua opinião, “seria preciso desacoplar a inovação de toda a cadeia de I+D+i e sair do perímetro do que convencionalmente se consideraram políticas de I+D+i, sob uma responsabilidade, clara, destacada e quase exclusiva no momento de executar, de um só ministério.” Porque as políticas de Inovação devem enfocar-se “de forma holística, não se podem desconectar da política industrial”.

Por sua vez, o executivo expressou o desejo de conseguir que “neste país, em 2030, haja o dobro de empresas inovadoras, segundo o inquérito do INE, e que o investimento privado se duplique relativamente ao atual”.

Destacou também o potencial que “a compra pública inovadora alberga um grande potencial juntamente com outros mecanismos”. Ainda que, por vezes “não identifiquemos que quando se subsidia um carro elétrico, por exemplo, procedente de outra geografia, estamos a subsidiar a compra privada de inovação de outros países”. Por isso, é necessário “centrar o diagnóstico e enfocar os instrumentos para o objetivo através de uma política transformativa: Inovação a serviço dos objetivos sociais”.

Acesso ao financiamento internacional em Big Science e AeroEspacio

Por sua parte, Miguel Ángel Molina participou na iniciativa Boosting Zone, uma série de workshops que a Transfiere incorporou ao programa desta edição 2022, para permitir às comunidades autónomas partilhar de maneira mais estreita as experiências com outros agentes de inovação espanhol procedentes de âmbitos académicos e empresariais.

A palestra de Miguel Ángel Molina teve lugar no âmbito do workshop «Acesso ao financiamento internacional em Big Science e AeroEspacio».

Começou por apresentar a empresa, as suas origens, e por destacar o primeiro trabalho a conceber missões espaciais, graças à adjudicação do primeiro contrato com o Centro de Operações Espaciais (ESOC) da Agência Espacial Europeia (ESA). A seguir, foi apresentando os pontos-chave da evolução que a GMV experimentou nos seus mais de 35 anos de trajetória.

Miguel Ángel destacou as duas principais áreas em que a GMV trabalha. Por um lado, o desenvolvimento do segmento terrestre de missões espaciais. E, por outro, o segmento espacial com o desenvolvimento de subsistemas em aviónica e sistemas GNC de missões espaciais. Destacando em ambos os casos os projetos mais relevantes em que se encontra implicado: Galileo, Copernicus, Hera, Oneweb, Exomars,…

Destacou também a liderança da GMV em investigação e desenvolvimento na área de robótica espacial, tanto para as aplicações orbitais (in orbit servicing, in orbit assembly ou active debris removal) como nas de superfície (exploração robótica).

Graças ao trabalho que desempenha em inúmeros programas espaciais da ESA, como em projetos da Comissão Europeia, destacando entre outros o Galileo, a GMV converteu-se na sexta empresa em termos de emprego e na primeira empresa no segmento MIDCAP.

Durante a sua intervenção indicou que o crescimento da GMV se deveu a vários fatores, entre os quais, a procura e recrutamento do talento, o investimento adequado em I+D, a diversificação geográfica e a capacidade de transferir o seu conhecimento e tecnologias no âmbito espacial a outros setores como a defesa, IT (Cibersegurança) ou o transporte.

Como ponto final, no workshop abordaram-se aspetos relevantes relacionados com as possibilidades de financiamento público nos setores aeroespacial e científico. A GMV apresentou a sua visão e recomendações ao respeito, destacando a importância de dar continuidade aos investimentos com o apoio público de I+D+i e de as reforçar para alcançar uma contribuição similar ao PIB europeu.

Além disso, afirmou-se que o setor espacial continuará a crescer a longo prazo e, tanto a ESA como a Comissão Europeia, também irão seguir essa tendência esperando uma ampliação dos programas espaciais europeus.

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