A GMV proporciona vários sistemas ao braço do veículo robótico de superfície do programa «Mars Sample Return»
Em julho, durante a celebração do «Farnborough International Airshow» (FIA2022), teve lugar a cerimónia de assinatura do contrato do «Mars Sample Return-Sample Transfer Arm» (MSR-STA) entre a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Leonardo S.P.A.
No âmbito desta atividade, liderada a nível europeu pela Leonardo, a GMV desenvolve vários subsistemas de hardware e software. A GMV já deu início à sua atividade nas fases operacionais.
O STA é o braço robótico europeu desenvolvido pela Agência Espacial Europeia (ESA) cujo fim é transferir os tubos com amostras da superfície marciana desde o Rover Perseverance até ao recipiente que será devolvido à Terra e fechar o dito recipiente. Este braço robótico viajará até Marte a bordo do Sample Return Lander, desenvolvido pela JPL, numa missão conjunta ESA-NASA cuja descolagem está prevista para 2028.
A GMV desenvolverá, em colaboração com a 3DPlus e a AVS, a unidade de perceção do STA, composta pelas câmaras usadas para detetar os tubos de amostras e outros elementos do Sample Return Lander, e as tampas que irão proteger as câmaras durante a aterragem em Marte. Este hardware, instalado na extremidade do braço robótico, estará exposto às duras condições marcianas, com temperaturas até -130 ºC.
Por outro lado, a MV desenvolverá também o software de controlo de alto nível, que permitirá demonstrar que o STA cumpre os requisitos da missão durante a sua qualificação na Europa. Este software permite detetar visualmente os tubos de amostras e estimar a sua posição de maneira que seja possível recolhê-los. O software de alto nível também controla o manipulador para recolher os tubos e transferi-los para o recipiente de forma totalmente automática, sem intervenção do controlo de terra.
Por fim, a GMV desenvolverá equipamentos de suporte em terra (EGSE) e um simulador para auxiliar nas atividades de engenharia de sistema e durante as operações do STA na superfície marciana.
A fase em curso tem uma duração de um ano, durante o qual se está a elaborar o design preliminar destes subsistemas. Em 2025, ocorrerá a entrega dos equipamentos e a fase de voo está prevista para 2028.