A GMV apoia o desenvolvimento do sistema de vigilância espacial português
A GMV assinou dois contratos com o Ministério da Defesa de Portugal para levar a cabo duas atividades de investigação e desenvolvimento no âmbito do sistema português de vigilância espacial (SST), que contribui para o sistema SST da UE (EU SST). Trata-se de uma área de crescente preocupação, já que a quantidade de dejetos espaciais que orbitam a Terra está a crescer a um ritmo excecional devido ao aumento de lançamentos produzidos nos últimos anos. A Agência Espacial Europeia (ESA) estima que atualmente um total de quase 10 000 toneladas de material orbita o nosso planeta, incluindo mais de um milhão de objetos de mais de 1 cm. Este facto representa um risco real para os satélites de missões em curso e o desenvolvimento de projetos espaciais futuros.
Por um lado, a GMV encarregar-se-á de estudar as adaptações e melhorias da base de dados e o catálogo do EU SST em desenvolvimento, assim como o impacto das mesmas no sistema SST português. Por outro lado, estudará a implementação de novos serviços e o futuro meio espacial no âmbito do programa EU SST. Isto faz parte da análise da possível ampliação dos serviços «básicos» do EU SST (colisão, reentrada e fragmentação) e a avaliação de outros serviços novos. Trata-se de uma clara oportunidade para propor e participar nestes novos serviços e reforçar o papel de Portugal como parte do EU SST.
No total, mais de 80 engenheiros da GMV trabalham nas atividades de SST que têm lugar em sete países europeus, o que a transforma na principal indústria e na maior equipa de SST da Europa.
A GMV é uma referência mundial no estudo, seguimento e prevenção de lixo espacial para salvaguardar a segurança e sustentabilidade das operações espaciais no futuro. Muitos dos esforços da GMV neste campo estão dirigidos à ESA (em Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Roménia, Portugal e Polónia), o sistema EU SST (em Espanha, França, Alemanha, Roménia, Portugal e Polónia), assim como para o setor comercial (proporcionando serviços de evitação de colisões a mais de 10 operadores e mais de 80 satélites através do seu centro de operações Focusoc) e o âmbito espacial militar.