A GMV participa no grupo de trabalho do Espaço de Dados Indústria 4.0 do «Hub espanhol do Gaia-X»

GMV participa en el grupo de trabajo de Espacio de Datos Industria 4.0 del «Hub español de Gaia-X»

O conceito de espaço de dados pode definir-se como uma infraestrutura descentralizada (federada) para partilhar e trocar dados fiáveis em ecossistemas de dados, através de mecanismos combinados de governança, organizacionais, legais e técnicos, que facilitam a interoperabilidade. Por exemplo, no projeto AgrarIA, estamos a trabalhar no desenvolvimento e arranque de um espaço de dados para o setor agrário que permita englobar numa mesma plataforma diversas tecnologias transversais, para dar resposta a diferentes casos de uso na cadeia de valor agroalimentar. Estes espaços de dados permitirão a partilha voluntária de dados com mecanismos comuns de governança e segurança, permitindo transformar este setor e tornando-o numa referência para tantos outros.

Neste contexto, constituiu-se o “Hub espanhol do Gaia-X”, em colaboração com a Secretaria de Estado de Inteligência Artificial e agentes público-privados, que inclui diferentes espaços de dados setoriais como a Indústria 4.0, a Mobilidade ou a Saúde.

No passado dia 23 de fevereiro, o grupo de trabalho de espaço de dados Indústria 4.0 do “Hub espanhol do Gaia-X” organizou uma sessão de trabalho em que participou Angel Vicente Vázquez, Arquiteto de Big Data da GMV, com o objetivo de implementar um ecossistema sólido no âmbito da partilha de dados industriais. Durante este encontro, os especialistas trabalharam por equipas para identificar casos de uso transversais de partilha e exploração de dados no setor industrial, que possam ser objetivo de financiamento segundo a componente 12 "Política Industrial" Espanha 2030 do Plano de Recuperação, Transformação e Resiliência. Com este tipo de ações, pretende-se criar uma comunidade em torno dos dados que favoreçam a inovação e o crescimento económico do setor industrial, com o subsequente benefício para a sociedade.

O encontro foi inaugurado por Alberto Palomo-Lozano, Chief Data Officer do Governo de Espanha e Presidente do Conselho Governamental do Gaia-X, com uma introdução aos espaços de dados e explicando o interesse europeu sobre esta matéria. Entre outras questões, a estratégia europeia de dados procura impulsionar a economia da região através da criação de um mercado único europeu de dados, onde estes fluem entre os diferentes Estados Membros e entre setores de atividade, de acordo com os valores europeus de autodeterminação, privacidade, transparência, segurança e concorrência leal. Na referida estratégia, a Comissão Europeia já anunciou o seu interesse em investir e desenvolver espaços de dados comuns em setores económicos estratégicos e de interesse público, destacando os relacionados com o fabrico, a energia sustentável, a mobilidade, a saúde, o âmbito financeiro, a energia, o setor agrário, as administrações públicas e as qualificações. Uma vez desenvolvidos, espera-se interligar estes espaços, para que os dados em si disponíveis possam ser explorados de forma cruzada.

Como conclusões do trabalho realizado por equipas durante o workshop, foram identificados e selecionados casos de uso de aplicação no setor industrial: a caraterização da fiabilidade de produtos/componentes, previsão inteligente da procura, reutilização e reciclagem inteligente, plataforma de partilha de requisitos e problemas detetados em ativos, plataforma de visibilidade da cadeia de fornecimento em tempo real, etc.

Por exemplo, no projeto AgrarIA, o trabalho tem o objetivo de reunir numa mesma plataforma diversas tecnologias transversais, como a análise multiespectral, a gestão de imagens ou internet das coisas e um conjunto de tecnologias-base de inteligência artificial: aprendizagem automática, sistemas inteligentes de previsão, análise de padrões, etc. Isto será usado para investigar a possibilidade de criar uma plataforma orientada para a gestão do dado e para a interoperabilidade que permita modelar automaticamente diferentes casos de uso na cadeia de valor agroalimentar, por exemplo para uma gestão inteligente da procura, para que seja possível prever as vendas futuras e, por isso, os stocks necessários para as satisfazer. O resultado permitirá uma amostra de como será a indústria agroalimentar num futuro próximo, muito mais produtiva, sustentável e utilizando outras tecnologias relacionadas, como a bioengenharia e a robótica.

O AgrarIA é financiado pelo Programa Missões de I+D em Inteligência Artificial da Secretaria de Estado da Digitalização e Inteligência Artificial (SEDIA) do Ministério de Assuntos Económicos e Transformação Digital (N.º de processo MIA.2021.M01.0004), correspondente aos fundos do Plano de Recuperação, Resiliência e Transformação.

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