A computação quântica representa uma nova fronteira na ciência e na tecnologia com potencial para resolver problemas complexos e revolucionar a indústria. Embora ainda se encontre numa fase precoce, os avanços na construção de qubits e algoritmos quânticos estão a aproximar cada vez mais a computação quântica ao nosso alcance.

Por exemplo, no setor espacial encontramos o problema da seleção do subconjunto ótimo de imagens a adquirir por um satélite, cuja resolução é extraordinariamente complexa devido à explosão combinatória do problema. Para além disso, é frequente que os pedidos de imagens cheguem ao longo do tempo, sendo na prática necessário resolver várias instâncias do problema em curtos períodos de tempo. Resolver este tipo de problemas de maneira mais eficiente pode representar uma vantagem competitiva muito significativa, para além de abrir caminho para resolver problemas mais complexos no futuro, como por exemplo os que envolvem constelações de múltiplos satélites, que requerem tempos de computação ainda maiores.

Antón Makarov, Data Scientist da GMV, expôs no evento “QBN Meeting on Quantum Computing & Applications” os resultados da investigação que estamos a liderar na GMV para poder resolver este problema de otimização mediante computação quântica. Este trabalho faz parte do projeto CUCO, o primeiro grande projeto de computação quântica a nível nacional e empresarial que procura avançar o estado da arte de algoritmos quânticos e aplicar esse conhecimento a uma série de provas de conceito em diferentes setores estratégicos: Energia, Financeiro, Espaço, Defesa e Logística. O projeto CUCO foi subvencionado pelo CDTI e é apoiado pelo Ministério da Ciência e da Inovação ao abrigo do Plano de Recuperação, Transformação e Resiliência.

Neste evento, realizado no Barcelona Supercomputing Center e organizado por Quantum Spain e Qilimanjaro Quantum Tech, também intervieram outros sócios do projeto CUCO como o BBVA ou a Repsol.