A sonda Hera entra na última fase de provas

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A 13 meses do seu lançamento, a sonda europeia Hera acaba de ser montada corretamente em Bremen (Alemanha) e entregue no ETS (European Test Services) do centro tecnológico da ESA, ESTEC, nos Países Baixos, para testes ambientais.

A Hera é a componente europeia da primeira colaboração em defesa planetária AIDA (Asteroid Impact & Deflection Assessment), na qual a Agência Espacial Europeia (ESA) e a NASA deram um primeiro passo para a demonstração de uma técnica de desvio de asteroides.

O objetivo da Hera é o estudo do sistema de asteroides binário Didymos, o mesmo para o qual foi enviada a sonda DART da NASA para impactar na sua lua Dimorphos, em setembro de 2022. A sua chegada está prevista para 2026 e, na sua estadia em torno de Dydymos, a Hera fará um exaustivo mapeamento científico visual, multi-espetral e de gravimetria de alta resolução. Este irá proporcionar à comunidade científica informação relevante para validar a técnica de defesa planetária do impacto cinético de DART sobre a lua do sistema binário, Dimorphos. Ao validar os modelos de impacto à escala real, espera-se também que a Hera revele dados científicos relevantes sobre a origem do Sistema Solar.

As tarefas de montagem da Hera consistiram em acoplar a sonda em dois módulos: 1) o módulo principal que alberga o computador a bordo, os subsistemas, os instrumentos de medição (AFC, PALT, TIRI, SMC e Hyperscout) e dois CubeSat (Juventas e Milani), e 2) o módulo de propulsão que está conformado pelos tanques, condutas e propulsores, que irão transportar a Hera até ao seu objetivo. O encarregado desta fase, assim como do desenho da missão, é a OHB, como empreiteira principal.

No âmbito desta missão, a GMV é responsável pela análise de missão das operações de estreita proximidade e do desenho e desenvolvimento do sistema de orientação, navegação e controlo (GNC) autónomo da sonda. Este último apresenta duas características-chave para a eficácia da missão, que fazem deste sistema um desenvolvimento pioneiro. Por um lado, é capaz de executar de forma autónoma o plano de voo definido previamente em terra e, por outro, é capaz de incrementar o seu nível de autonomia até chegar a calcular a bordo as manobras para voar a uma certa altura ou executar uma manobra de fuga perante o risco de colisão.

Da mesma forma, a GMV foi responsável pela análise de missão e pelo desenho e desenvolvimento do sistema de GNC do Juventas, um dos dois CubeSat que a Hera irá implementar em redor do sistema de asteroides binário.

A partir de agora, a Hera irá submeter-se a uma fase de provas ambientais no centro de ensaios da ESTEC, para posteriormente ser transferida para o Centro Espacial Kennedy, na Florida, de onde se realizará o seu lançamento a bordo de um foguete Falcon 9, em outubro de 2024.

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