Recentemente, a HALO Space, a empresa de turismo espacial com a qual a GMV colabora, levou a cabo a segunda ronda de voos de teste para as suas viagens de turismo espacial, no lago seco de Cuddeback (Califórnia, EUA), uma área comum na realização de voos experimentais.

Esta fase contempla a execução de uma série de voos, em concreto quatro, em modo de teste de conceito. Estas provas realizam-se elevando a cápsula com um helicóptero até uma altura de 2000 metros. A velocidade de descida da cápsula com o paraquedas é inferior a cinco metros por segundo, com uma taxa de planagem de 3,5 a 1, ou seja, por cada metro que se desce na vertical, avança 3,5 metros na horizontal. Para a aproximação final, a cápsula plana em linha reta contra o vento, aterrando tal como um avião.

Para levar a cabo estes voos de prova, estão já a ser utilizados os protótipos dos elementos do segmento de voo, assim como dos desenvolvidos pela GMV em terra: um algoritmo de predição de trajetórias baseado num modelo físico da atmosfera e os seus efeitos sobre um balão (BFPS ou Balloon Flight Path Simulator, desenvolvido pela GMV em Espanha), alimentado por um sistema de receção, processamento e armazenamento de telemetria (MCS ou Mission Control System, desenvolvido pela GMV na Roménia).

A HALO Space realizou o seu primeiro voo de teste em dezembro de 2022 em Hyderabad (Índia), onde elevou com êxito a sua cápsula protótipo a 37 quilómetros de altura com um balão estratosférico movido a hidrogénio.

A GMV, enquanto sócia de primeiro nível do consórcio industrial da HALO Space, está atualmente a cargo dos centros de controlo em terra que incorporam os sistemas de planificação de voo e de monitorização em terra dos elementos embarcados (cápsula, balão, paraquedas e parafoil), assim como do suporte à navegação para o piloto. Para além disso, a GMV está também colaborar na definição dos perfis de voo e de aspetos operacionais para a sua futura certificação nas fases seguintes do projeto.

A HALO Space prevê começar a operar voos comerciais em 2025 e planeia realizar 400 viagens por ano a partir de 2029, subindo à estratosfera mais de 3000 passageiros nos seus balões aéreos de emissões zero.