No passado dia 10 de outubro, a Escola Técnica Superior de Engenharia Agronómica (ETSIA), da Universidade de Sevilha, acolheu uma reunião dos membros do Grupo Operativo Greenbot. Este projeto reúne investigadores e instituições de carácter público e privado para dar resposta às necessidades de proteção de culturas lenhosas, utilizando tecnologias de vanguarda como a robótica, a inteligência artificial, o cloud computing e a agricultura de precisão. O seu objetivo final é a criação de um veículo robótico autónomo e modular com capacidade para identificar a presença de ervas daninhas mediante visão artificial e com a faculdade de as neutralizar, aplicando o volume exato de produto fitofarmacêutico de maneira muito precisa.

Para levar a cabo este trabalho, o projeto Greenbot é composto por membros do grupo de investigação AGR 278 “Smart Biosystems Laboratory” da Universidade de Sevilha, por Cooperativas Agroalimentares da Andaluzia, pelas empresas GMV, TEPRO, PIONER HiBred Spain SL, Agropecuaria de Herrera SCA e pela GDR Asociación para el Desarrollo de La Campiña y Los Alcores.

À frente dos trabalhos de investigação da equipa do Smart Biosystems Laboratory encontram-se os Drs. Manuel Pérez e Gregorio Egea, especialistas em agricultura de precisão, teledeteção e com uma vasta experiência na aplicação de novas tecnologias na prática agrária.

A reunião serviu para abordar temas como a seleção dos algoritmos que o modelo de deteção de ervas daninhas irá utilizar, o início dos trabalhos no sistema de visão artificial do robô ou o desenho do sistema de atuação que, nas palavras do professor Manuel Pérez, se trata de "um dos elementos mais inovadores do Greenbot".

Os membros da equipa aproveitaram também este ponto de encontro para debater os desafios que um veículo robótico deve resolver para ter êxito no contexto agrícola. Foram também analisados os benefícios económicos e ambientais que a sua implementação pode proporcionar a pequenos e grandes agricultores, graças à redução de materiais usados e de mão de obra. Para além disso, outro ponto positivo destacado pelos membros do projeto é a capacidade do Greenbot de aumentar a atratividade do setor agrícola para as novas gerações, favorecendo o necessário transição geracional e contribuindo para a fixação de população rural.

O projeto do Grupo Operativo Greenbot tem uma duração programada de 21 meses e terminará em 30 de junho de 2025. É financiado pela convocatória 2022 de apoios para o funcionamento de Grupos Operativos da Associação Europeia de Inovação (AEI) no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural da Andaluzia 2014-2022, ao abrigo da Ordem de 7 de julho de 2020, do Departamento de Agricultura, Pecuária, Pesca e Desenvolvimento Sustentável (submedida 16.1, operações 16.1.2 e 16.1.3).