Após o atraso causado pelo temporal que atingiu os EUA na última semana de janeiro, o satélite SpainSat NG 1 foi finalmente lançado a 29 de janeiro, às 20:34 EST (30 de janeiro, às 2:34 CET), a partir de Cabo Canaveral, na Flórida. Este lançamento marca um momento histórico para o setor espacial em Espanha.

Este satélite faz parte do SpainSat NG, um ambicioso programa liderado pela Hisdesat que irá prestar serviços de comunicações seguras às Forças Armadas de Espanha, à União Europeia e à NATO (OTAN). A GMV desempenha um papel fundamental no programa, sendo a empresa responsável pelo segmento terrestre.

A GMV é responsável pela integração de todos os sistemas que irão gerir, a partir da Terra, os dois satélites SpainSat NG. Esta operação será realizada tanto no centro principal, em Hoyo de Manzanares, como no centro redundante, na Estação Espacial de Maspalomas (INTA). A responsabilidade da GMV inclui o desenvolvimento e implementação dos sistemas de controlo dos satélites e das suas cargas úteis, bem como a supervisão do desempenho destas últimas nas bandas X, Ka e UHF.

Os sistemas desenvolvidos pela GMV integram as tecnologias mais avançadas disponíveis, com especial enfoque na configuração e controlo da carga útil de telecomunicações. Este aspeto é particularmente desafiante nos satélites definidos por software, como é o caso dos SpainSat NG. A complexidade de gerir estas cargas úteis reside na sua elevada capacidade de adaptação e reconfiguração, permitindo uma maior flexibilidade e eficiência operacional. Esta tecnologia não só otimiza o desempenho e a capacidade dos satélites, como também assegura maior fiabilidade e resistência a interferências ou falhas, aspetos críticos para missões de telecomunicações estratégicas.

A entrada em funcionamento do novo segmento terrestre representa um marco essencial no sucesso da missão SpainSat NG. Neste contexto, a tecnologia em terra é tão crucial quanto a do próprio satélite. Por isso, a Hisdesat confiou na GMV para garantir o êxito dos satélites mais avançados da Europa, reforçando o seu papel como líder no desenvolvimento de soluções terrestres para telecomunicações espaciais.