Primeiro voo do avião não tripulado Atlante

No dia 28 de Fevereiro realizou-se com êxito o primeiro voo do sistema aéreo não tripulado (Unmanned Aerial System – UAS) ATLANTE. O voo teve lugar no aeródromo de Rozas, situado no terminal municipal de Castro de Rey (Lugo) e na sua monitorização participou pessoal da GMV presente no aeródromo e integrado na equipa do First Flight Team. O voo cumpriu os objectivos planeados e o avião seguiu com sucesso o plano de missão estabelecido, aterrando suavemente na pista.

O ATLANTE é uma aeronave táctica não tripulada e de longo alcance, concebida para missões ISTAR (inteligência, vigilânica, obtenção de alvos e reconhecimento). Está dotado de tecnologia de última geração e foi projectado em conformidade com os padrões utilizados nos aviões tripulados. Do ponto de vista da aeronavegabilidade e da certificação, as suas características permitem-lhe operar em espaços aéreos civis, o que não acontece com os sistemas actuais, limitados a operações em cenários de guerra (por exemplo no Afeganistão). Esta capacidade, unida à flexibilidade de funcionamento, fazem com que o ATLANTE seja um UAS táctico capaz de realizar missões tanto militares como civis, de vigilância urbana e rural, de busca e resgate, actuando igualmente em contextos de catástrofe natural, de incêndios florestais, de controlo de eventos desportivos, etc. e com a possibilidade de operar a partir de pistas ou por lançamento de catapulta.

A GMV participa no programa como sócio de risco da CASSIDIAN, desempenhando no programa um papel-chave ao ser responsável pelo computador de voo (FCC - Flight Control Computer), encarregado da navegação, orientação e controlo da aeronave. Portanto, é um dos mais críticos equipamentos embarcados, assim como o subsistema de aterragem e descolagem automáticas (ATOL), integrado na estação terrestre de controlo (GCS – Ground Control Station) e cujo objectivo consiste em fornecer dados que permitam melhorar a precisão da navegação na descolagem e aterragem.

Este primeiro voo vem culminar quatro anos de desenvolvimento de projecto, servindo como verificação em voo do funcionamento dos sistemas desenvolvidos.

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