Início Para trás New search Date Min Max Aeronáutica Setor Automóvel Corporativo Cibersegurança Defesa e Segurança Financeiro Saúde Indústria Sistemas inteligentes de transporte Serviços públicos digitais Serviços Espaço Blog Espaço Sistemas globais de navegação por satélite. Perspetivas de futuro e tendências. 21/01/2021 Imprimir Partilhar Os sistemas de navegação por satélite podem localizar um utilizador medindo a distância entre esse utilizador e, pelo menos, três posições conhecidas (dos satélites de constelação). A distância relativamente a um dos satélites irá definir uma esfera de possíveis soluções, ao passo que a interseção das três esferas irá encurtar este espaço até à posição do utilizador. As leituras de distância são obtidas multiplicando a diferença entre a hora de emissão do satélite e a hora de receção por parte do utilizador pela velocidade da luz. Para sincronizar o relógio do utilizador com o tempo de referência do sistema, deve ser solucionado uma quarta variável: o erro do relógio do utilizador. Esta localização mediante 3 parâmetros da nossa posição, em conjunto com o parâmetro de tempo único, requer, como mínimo, quatro satélites em observação ao mesmo tempo. Em 1973, o GPS teve a sua origem no Sistema de Navegação por Satélite da Marinha dos Estados Unidos (NNSS ou TRANSIT). Os primeiros satélites foram lançados no início dos anos 80. O GPS enquanto sistema tem estado ativo e em funcionamento desde o início dos anos 90. A história da experiência do GNSS da GMV remonta ao início dos anos 90, começando com a determinação de órbita e relógio, recetores e aplicações civis, principalmente aeronáuticas. Desde meados dos anos 90, a GMV tem estado fortemente envolvida no desenho e desenvolvimento dos sistemas europeus EGNOS e Galileo, desenvolvendo elementos-chave de ambos os sistemas. Ao mesmo tempo, a GMV tornou-se pioneira de aplicações GNSS, principalmente orientada para o setor dos transportes e outras áreas, como a agricultura. A GMV tornou-se uma empresa importante da inovação GNSS, cobrindo todas as seguintes áreas: desenvolvimento de GNSS e sistemas de aumentação (SBAS), desenvolvimento de recetores, desenvolvimento de aplicações, nova tecnologia de posicionamento, etc. Isto concedeu à GMV uma posição como líder mundial de GNSS, criando uma experiência sem paralelo num vasto número de áreas. A inovação implica, entre outras coisas, uma certa capacidade de prever como o GNSS e as aplicações se poderão desenvolver no futuro. Em 2011, a ideia da GMV da tendência futura de sistemas de navegação podia ser resumida nos seguintes conceitos: Um só GNSS criado a partir da contribuição de diferentes países. Um conjunto de sistemas regionais de navegação por satélite com os objetivos de melhorar a geometria, transmitir informação de navegação e proporcionar serviços adicionais a nível regional. Um conjunto de Sistemas de Aumentação Baseados em Satélite (SBAS) integrados com sistemas regionais, de forma a fornecer serviços para situações de potencial ameaça. Novos algoritmos de posicionamento que beneficiam da disponibilidade de leituras em várias frequências, medições de fase e algoritmos avançados de nível de utilizador de Posicionamento de Ponto Preciso (PPP). Integração com outras tecnologias de posicionamento não satélite. Dez anos depois, podemos agora olhar para trás para ver como os GNSS se desenvolveram e também olhar para diante para as tendências do futuro. A nível do sistema ainda não houve um grande desenvolvimento no sentido de contribuição-agregação ao sistema global, embora isso tenha claramente ocorrido a nível da aplicação. A grande maioria dos recetores atuais integra todos os GNSS. No ponto em que as coisas se encontram, os fatores de soberania nacional e segurança obstruem a construção de um sistema global baseado em contribuições de diferentes países, mas os diversos sistemas são desenhados para serem extremamente compatíveis e interoperáveis. Para os utilizadores, o facto de as correções do posicionamento da sua aplicação de navegação serem habitualmente obtidos a partir de leituras de diversas constelações é claro. A importância económica crucial da navegação por satélite torna agora muito provável que a cooperação internacional vá aumentar no futuro. Os sistemas de navegação regionais proliferaram nos últimos anos. Foram configurados na Índia, Japão, China (componentes regionais de Beidou), e muitos outros países e regiões estão também a considerar a possibilidade. Os sistemas regionais são uma grande alternativa em termos de proporcionar desempenho e serviços adicionais aos utilizadores. Parece agora provável que estes serviços continuem a emergir nos próximos anos. SBAS clássicos enfrentam a integração em sistemas globais. Ainda têm de arrancar a nível global, permanecendo por agora apenas ao alcance dos maiores países, como os EUA e a Rússia, ou de blocos de países relativamente unificados, como a UE. Requerem, afinal, acordos políticos complicados, caros e complexos que são difíceis de atingir por parte de países mais pequenos. Nos últimos anos, foram desenvolvidos sistemas avançados tendo como base o conceito de provisão de serviço e abarcando uma vasta gama de utilizadores, para além do setor da aviação. Isto ajuda a torná-los muito mais económicos. Sistemas como o Galileo, que transmite o sinal de navegação em diversas frequências de uso civil, tornam possível um SBAS global a ser configurado em áreas ou países relativamente pequenos, mediante um operador fornecedor do serviço. Um exemplo destes sistemas é o protótipo operacional desenvolvido com a contribuição da GMV na Austrália e na Nova Zelândia. Temos a expectativa de que este conceito de SBAS global baseado em serviço, associado a serviços adicionais como PPP, sofra um impulso no número de sistemas nos próximos anos. O PPP veio para ficar. Sistemas como o Galileo incorporam-no mediante o seu Serviço de Alta Precisão (HAS) para benefício de muitas aplicações. A combinação de PPP com integridade está a ser usada para o desenvolvimento de veículos autónomos. Esta tecnologia permite aos utilizadores estabelecer a sua posição com uma variação de poucos centímetros e ultrapassar as limitações dos sistemas de posicionamento tradicionais. O PPP com integridade está a revolucionar o mundo das aplicações GNSS e irá fazê-lo ainda mais no futuro. A integração de outras tecnologias de posicionamento com GNSS é crucial em muitas aplicações e irá continuar a evoluir nos próximos anos à medida que surgem novas tecnologias. O GNSS é provavelmente a única tecnologia capaz de proporcionar hora e posicionamento absolutos, ao passo que as restantes tecnologias somente podem afinar esta solução com dados relativos de posicionamento. Pensemos no carro autónomo, integrando GNSS com câmaras laser, 5G, odómetros e sistemas de navegação por inércia, etc. O faseamento de tecnologia de não posicionamento pode enriquecer o GNSS ainda mais. As novas mega constelações de satélites de comunicações promovidas por empresas como SpaceX, OneWeb e Amazon deverão promover o lançamento de milhares de satélites LEO e MEO para proporcionar banda larga a nível global. Isto irá abalar novamente o mundo GNSS, se não diretamente pelo uso destes satélites para aplicações de navegação, pelo menos indiretamente pelo impulsionar das capacidades de comunicação. A fusão de tecnologia como a Inteligência Artificial e a Internet das Coisas (IOT) pode alargar o âmbito de aplicações a beneficiar da informação de posicionamento fornecida por GNSS. O sistema irá continuar a evoluir no futuro de forma a satisfazer os requisitos de utilizadores cada vez mais exigentes. Desenvolvimentos mais prováveis nos próximos anos, como segurança aumentada, resistência à interferência e sistemas de posicionamento complementar irão ajudar a tornar a navegação ainda mais fascinante à medida que começa a ser visível a imagem completa. Autor: Miguel Romay Merino. Imprimir Partilhar Comentários O seu nome Assunto Comente Sobre os formatos de texto HTML Restrito Etiquetas de HTML permitidas: <a href hreflang target> <em> <strong> <cite> <blockquote cite> <code> <ul type> <ol start type> <li> <dl> <dt> <dd> <h2 id> <h3 id> <h4 id> <h5 id> <h6 id> As linhas e os parágrafos quebram automaticamente. 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